Matemático argelino é o cérebro em operação de burla. Já foram lavados dez milhões de euros em Portugal.
Porto Canal
Um grupo composto por um argelino e sete portugueses usavam Portugal para lavar parte dos milhões desviados de empresas multinacionais.
Um matemático argelino foi detido pela Polícia Judiciária do Poto (PSP) por suspeita de a comandar uma operação de branqueamento de capitais provenientes de fraudes milionárias a multinacionais húngaras, alemãs e francesas. Este cidadão encontrava-se com sete cúmplices, todos de nacionalidade portuguesa e, só em Portugal, através de 30 empresas, terão movimentado cerca de dez milhões de euros.
As vítimas destas burlas realizadas através do “Business Email Compromise” eram empresas estrangeiras. Segundo o Jornal de Notícias (JN), os suspeitos obtinham dados de fornecedores e, mais tarde, utilizavam a sua identidade para reclamarem o pagamento de faturas. Apurado pelo mesmo jornal, só na Hungria foram embolsados 25 milhões de euros.
As transferências de dinheiro eram feitas para contas de firmas portuguesas controladas pelo grupo que, de acordo com os investigadores, usavam Portugal para lavar parte do dinheiro desviado.
De acordo com a JN, o núcleo do grupo é composto por três pessoas, duas das quais possuem nacionalidade portuguesa residem entre a Póvoa de Varzim e o Porto.