Lula da Silva no 25 de Abril? IL diz que "não faz sentido" e Chega promete manifestação
Porto Canal / Agências
O líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou esta terça-feira que a intervenção do Presidente do Brasil na sessão solene do 25 de Abril “não faz sentido nenhum”, mas considerou não haver problema se for feita noutra cerimónia.
“Aquilo que nós dissemos é que participaremos sempre na sessão solene do 25 de Abril, o 25 de Abril é uma data marcante para os portugueses (…) agora consideramos que não faz nenhum sentido a participação do Lula da Silva [Presidente brasileiro) na sessão solene, como não faz nenhum sentido todo o processo que conduziu a que se soubesse que era essa a intenção”, afirmou Rui Rocha aos jornalistas, no Porto, durante uma ação dedicada à habitação.
Se a intervenção vier a acontecer, antecipou, o que a bancada da IL fará no momento em que Lula da Silva estiver a discursar será ausentar-se da sala e regressar quando ele terminar.
“Espero que o presidente da Assembleia da República perceba que essa seria uma decisão divisível da sociedade portuguesa e não faz nenhum sentido”, frisou.
Chega vai organizar manifestação contra visita de Lula da Silva a Portugal
O líder do Chega anunciou também uma manifestação contra a visita do Presidente do Brasil, Lula da Silva, a Portugal, considerando uma "provocação desnecessária e gratuita" se este vier a discursar na sessão solene do 25 de Abril.
Em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, André Ventura defendeu que um eventual discurso, no parlamento, do Presidente do Brasil, Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, na sessão solene do 25 de abril "envergonha a democracia portuguesa".
“Fazer isso no dia da nossa democracia, num dia que não é de esquerda nem de direita, é de todos, é uma provocação desnecessária, é abrir um conflito latente num dia que devia ser de festa e que devia ser máximo consenso”, defendeu André Ventura.
O líder do Chega salientou que “nunca colocou em causa a possibilidade de uma visita de Estado” de Lula da Silva a Portugal, apesar de ser “absolutamente contra”, e afirmou que respeita o convite feito ao Presidente brasileiro, “que é um convite do Governo legítimo de Portugal”.