Aprovada moção que insta Governo a agir no combate ao tráfico de droga no Porto

Aprovada moção que insta Governo a agir no combate ao tráfico de droga no Porto
| Porto
Porto Canal/Agências

A Assembleia Municipal do Porto aprovou, por maioria, uma moção do movimento independente de Rui Moreira que insta o Governo a "agir rápida e eficazmente" no combate ao tráfico de droga nas zonas mais afetadas da cidade.

A moção, apresentada pelo movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto" na sessão da Assembleia Municipal que decorreu na segunda-feira à noite, foi votada por pontos, sendo que todos foram aprovados por maioria.

O eleito Raul Almeida, do movimento independente, salientou que a moção visa instar o Governo a agir perante o "o drama" que se vive na cidade relativamente ao tráfico e consumo de droga, tentando encontrar "uma solução humanista que permita apaziguar a sociedade" e evitar que se crie uma "fratura social".

"Queremos paz na cidade. Queremos espaço público para fruição de todos e quem tem a competência a nível da Saúde e da Administração Interna que aja em consonância com estes desígnios", destacou.

Na moção, a que a Lusa teve acesso, o movimento independente insta o Governo a "agir rápida e eficazmente" no combate ao tráfico de droga, usando os meios que tem ao dispor e as forças policiais para "uma situação que se reveste de caráter claro de urgência e exceção".

Instar o Governo a recorrer às forças policiais para que estas procedam "à devolução em segurança dos espaços públicos" e a que, recorrendo dos meios que tem ao dispor proporcionar "meios de saúde pública que permitam o acompanhamento físico e psicológico" dos toxicodependentes são outras das propostas que integram o documento.

Paralelamente, o movimento independente insta o Parlamento a "refletir, estudar e decidir a legislação necessária a uma política de abordagem às dependências que responda ao contexto atual, aos novos comportamentos e adições, visando o combate eficaz ao tráfico, a recuperação e integração dos dependentes".

Além do movimento independente, também o PAN apresentou uma proposta sobre esta matéria, visando a promoção de um debate público sobre o consumo de substâncias psicoativas, ouvindo as organizações não governamentais (ONG) que trabalham com os toxicodependentes.

"O Porto deve orgulhar-se do empenho destas organizações pelo trabalho que desenvolvem", observou o deputado único do PAN, Paulo Vieira de Castro, dando o exemplo da gestão da sala de consumo assistido e defendendo que estas organizações "apresentem dados sobre a realidade atual e as suas propostas".

A proposta do PAN foi rejeitada com o voto contra dos eleitos do movimento independente e do PSD, a abstenção de um eleito do movimento independente e do Chega e o voto favorável do PS, CDU e BE.

Ainda sobre esta matéria, mas já no período da ordem do dia, o eleito Rui Sá, da CDU, considerou "lamentável" a discussão pública em torno de um problema "seríssimo".

"Ou estamos unidos ou quem ganha é o traficante", disse, sugerindo que o Conselho Municipal de Segurança seja convocado para discutir o tema.

Em 02 de fevereiro, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, instou o ministro da Administração Interna a assumir "competências" para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e "não esconder debaixo do tapete" esta matéria.

"Por mim é fácil, se o ministro da Administração Interna tiver uma varinha mágica para resolver o problema, ele que resolva porque a competência é dele. A competência é do senhor ministro. Enquanto ele não assumir essa competência, porque não tem sabido assumir, nós faremos o que está ao nosso alcance", afirmou Rui Moreira, depois de um encontro com moradores de zonas afetadas pelo consumo e tráfico de droga na via pública, em particular, nas proximidades dos bairros da Pasteleira e Pinheiro Torres.

+ notícias: Porto

Nota da Direção de Informação sobre insultos em Famalicão

A Direção de Informação do Porto Canal condena com toda a veemência qualquer ataque ou impedimento ao exercício de todos os trabalhos jornalísticos.

"Um voo para a vida" com destino no Porto. Bebé de sete dias transportado pela Força Aérea está estável

A Força Aérea Portuguesa transportou, na sexta-feira, do Funchal para o Porto, um recém-nascido de sete dias que necessitava de cuidados de emergência, informou aquele ramo das Forças Armadas.

Trotinetes da Bolt já deram 60 voltas ao mundo no Porto

Foi no São João do Porto que a Bolt bateu o recorde de mais viagens feitas em 24 horas. Foram cerca de 17 mil. O número não é isolado e acompanha uma tendência do uso das bicicletas e trotinetes na cidade. Mais para deslocações diárias e rotineiras, do que para lazer. Em entrevista ao Porto Canal, o diretor-geral da Bolt em Portugal, Frederico Venâncio, fez um balanço do serviço no Porto e a importância da micromobilidade numa cidade onde os carros ainda reinam.