Montenegro diz que coesão territorial é “uma prioridade nacional”

Montenegro diz que coesão territorial é “uma prioridade nacional”
| Política
Porto Canal / Agências

O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou, esta sexta-feira, que a coesão territorial é “uma prioridade nacional” e que os territórios de baixa densidade “têm de estar na prioridade das políticas públicas”.

“A coesão territorial, nunca percamos isto de vista, é, efetivamente, uma prioridade nacional, porque ela está no centro daquilo que é mais importante numa sociedade: a justiça, a igualdade de oportunidades”, afirmou Luís Montenegro.

O líder nacional do PSD falava em Pinhel, no distrito da Guarda, no interior do país, no discurso que proferiu na inauguração da 28.ª Feira das Tradições e Atividades Económicas, promovida pela câmara municipal para atrair visitantes e promover os produtos locais no fim de semana do Carnaval.

“Se não houver coesão entre os vários territórios, as pessoas não têm todas as mesmas oportunidades. No caso português, isto significa haver portugueses de primeira, de segunda e de terceira, porque uns têm acesso a melhores escolas, outros têm acesso a melhor resposta na área da saúde, outros têm acesso a melhores empregos, outros têm acesso a maior dinâmica cultural, desportiva, de lazer”, disse Montenegro, depois de o presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura (PSD), também ter abordado o assunto da coesão territorial no seu discurso.

O presidente do PSD também considerou que os territórios de baixa densidade “têm que estar na prioridade das políticas públicas”.

“Mas não é só pensar nas pessoas que moram aqui [em Pinhel] ou que aqui residem. É também a pensar nas pessoas que se concentram nos grandes centros urbanos e no litoral, porque essas pessoas também têm perdido muita qualidade de vida precisamente por causa dessa concentração”, disse.

Na opinião de Luís Montenegro, “a coesão territorial é tão importante para as pessoas que estão nos territórios de baixa densidade, como é importante para as pessoas que vivem nos maiores aglomerados populacionais”.

“Nós temos de pensar, efetivamente, como é que podemos dar as mesmas oportunidades a todos. E não há dúvida nenhuma que uma das melhores formas é não sermos, como o Rui [Ventura] aqui dizia há pouco, apenas portadores de queixas relativamente ao poder político, relativamente ao Governo da República. Que as há, e muitas. Tem esquecido por completo estas regiões, tem criado expectativas que depois não cumpre, tem prometido muitos investimentos que depois só ficam no papel”, declarou.

No seu discurso, Montenegro falou também dos temas da imigração e emigração, ao referir que Pinhel é “um território onde vale a pena viver e um território para onde vale a pena vir viver”.

“Vamos abrir os nossos braços e os nossos corações àqueles que saíram daqui para poderem cá voltar, àqueles que não sendo de cá se possam aqui estabelecer e àqueles que vêm do estrangeiro ajudarem-nos com a sua capacidade, com o seu esforço, a construir um Portugal mais próspero e mais justo”, disse.

E rematou: “Por estes dias, muitos deturparam várias das nossas posições [sobre o tema da imigração], mas nós somos daqueles que entendem que Portugal tem futuro para muitos que noutras geografias procuram uma oportunidade”.

“Mas nós queremos que eles venham e sejam tratados com dignidade. Nós queremos que eles venham e sejam como são aqui em Pinhel, integrados com as suas famílias, nas escolas e na dinâmica social do concelho”, concluiu.

A Câmara Municipal de Pinhel promove este fim de semana a 28.ª Feira das Tradições e Atividades Económicas, com a participação de cerca de 160 expositores, para atrair visitantes e promover os produtos locais.

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