"Não há quem nos cale". Professores 'ocupam' Avenida dos Aliados no último dia da greve por distritos
Porto Canal
A greve dos professores por distritos chegou ao fim, esta quarta-feira, com uma manifestação de peso na Avenida dos Aliados, no coração da cidade Invicta. De acordo com o secretário-geral da Fenprof, a maioria das escolas no distrito estão sem aulas, sendo que a taxa de adesão à paralisação poderá rondar os "97% ou 98%", apontou.
“A determinação destes professores e a vontade de continuar a lutar são extraordinárias e isto não vai parar enquanto o Governo não der resposta aos problemas dos professores”, realçou Mário Nogueira.
Após uma intensa viagem pelo país, Mário Nogueira fez um balanço da greve por distritos que terminou esta quarta-feira.
“Hoje está praticamente tudo fechado no distrito do Porto. A greve hoje estará num nível de 97 ou 98% [de adesão]. Há escolas a 100% em todo o distrito. Foi uma greve que nunca baixou dos 90% e vai aumentando à medida que o Ministério vai fazendo reuniões e não dá resposta”, resumiu.
A Avenida dos Aliados foi palco da última greve distrital convocada por oito organizações sindicais
Mário Nogueira acusou ainda o Governo de “falta bom senso” e “falta capacidade para perceber” os professores, uma profissão que “deu sempre uma resposta mesmo nos momentos mais exigentes” e exigiu “respeito”, palavra que marcou quer os gritos da manhã, quer a faixa central colocada no palco montado de costas para a Câmara Municipal do Porto.
As paralisações dos professores que têm centrado a atenção nacional culminam, no próximo sábado, com uma manifestação em Lisboa. A contabilização de todo o tempo de serviço, melhores condições de trabalho e salariais, o fim da precariedade, e a progressão mais rápida na carreira são algumas das reivindicações dos docentes.
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