Preços das casas aumentou 18,7% em 2022. Há 30 anos que subida não era tão alta

Porto Canal
Apesar de esta ser a mais galopante subida em 30 anos, a segunda metade do ano mostrou uma desaceleração da subida de preços.
O mês que registou a maior subida foi agosto, com um “pico inédito” de 21,1%, já dezembro apresentou “uma contração face aos registos da segunda metade do ano”. Com estes dados e somando todas as variações mensais a percentagem anual situa-se nos 18,7%. Os dados são da Confidencial Imobiliário, citados pela imprensa nacional.
“Na primeira metade do ano, mais concretamente até julho, os preços mantiveram uma trajetória de aceleração, com sucessivas subidas mensais médias de quase 2,0%”, no entanto “a segunda metade de 2022 foi de perda de intensidade, com um arrefecimento das variações mensais, que por duas vezes foram inferiores a 1,0%, entrando inclusive em terreno negativo (variação mensal de -0,5% em setembro)”, refere o comunicado.
De acordo com a Confidencial Imobiliário, “o ano 2022 deu, assim, sequência à trajetória de forte intensificação no crescimento dos preços observada desde 2017, ano em que a valorização de 12,8% mais que duplicou a de 5,6% registada em 2016”. Os dois anos antes da pandemia houve uma consolidação da tendência. “Os anos 2018 e 2019 consolidaram a tendência, com valorizações homólogas em dezembro de 15,4% e 15,8%, respetivamente”.
Em 2020, ano em que a pandemia de Covid-19 assolou o mundo, “este ciclo foi interrompido, quando os preços de venda da habitação terminaram o ano com um crescimento mais moderado, de 4,8%”, contudo “o ano de 2021 foi já de reativação da tendência de intensificação das subidas, registando-se uma valorização homóloga de 12,2%, num percurso ao qual 2022 veio dar continuidade”.