Convenção IL. PSD diz ser única “voz da alternativa” a Governo “que se degrada”

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Porto Canal / Agências

O PSD afirmou, este domingo, na Convenção da IL que só o seu partido é “a voz da oposição e da alternativa” ao Governo socialista, que acusou de se degradar “em casos e casinhos” sem responder aos problemas dos portugueses.

Em declarações aos jornalistas no final da VII Convenção da IL, o vice-presidente do PSD António Leitão Amaro saudou Rui Rocha pela sua eleição como quarto presidente dos liberais e defendeu que todos os partidos “têm liberdade para construir a sua alternativa”.

“O nosso adversário é o PS e o nosso combate é pelos portugueses. Enquanto estamos numa reunião partidária, lá fora há um Governo que se degrada e portugueses que sofrem, sem acesso a saúde, alunos sem professores”, acusou.

Leitão Amaro acusou o Governo de “estar perdido” e “envolto em casos e casinhos”, assegurando que o PSD responderá com “oposição firme e denúncia e com a construção de uma alternativa”.

“O caminho que outros façam, nós respeitamos. Cá estaremos para ser a voz da oposição e da alternativa em Portugal”, disse.

Sobre os desafios lançados pelo novo líder da IL, que pediu ao presidente do PSD, Luís Montenegro, a explicar porque não votou a favor da moção de censura dos liberais e a posição do partido na revisão constitucional, Leitão Amaro remeteu os liberais para o diploma dos sociais-democratas no segundo ponto.

O vice-presidente do PSD salientou que o projeto dos sociais-democratas “exige uma decisão judicial prévia” para que sejam decretados confinamentos, situando a moção de censura da IL ao Governo, na qual o PSD se absteve, no domínio da “competição eleitoral”.

O vice-presidente do PSD foi ainda questionado pelos jornalistas sobre a notícia do Público de que a ex-secretária de Estado Alexandra Reis não declarou ao Tribunal Constitucional a indemnização que recebeu da TAP.

Leitão Amaro considerou que “mais este episódio da novela TAP” exige esclarecimentos por parte de Alexandra Reis, mas insistiu nas críticas ao executivo.

“Parece confirmar um padrão de um Governo que lida muito mal com a verdade, esclarecimento e transparência”, disse, recordando que, há dois dias, o ex-ministro Pedro Nuno Santos confirmou que “afinal o Governo sabia e aprovou aquela operação que escandalizou o país”.

O deputado Rui Rocha foi hoje eleito o novo presidente da IL, tendo a moção apresentada pela sua lista à comissão executiva alcançado 51,7% dos votos.

À sucessão de João Cotrim Figueiredo apresentaram-se, pela primeira vez na história do partido, mais do que uma lista e disputaram a liderança os deputados e dirigentes Rui Rocha e Carla Castro e o conselheiro nacional José Cardoso na VII Convenção Nacional da IL, que termina hoje em Lisboa.

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