Operação Alquimia: Ministério Público volta a exigir prisão para ex-vice da Câmara de Montalegre
Porto Canal
O Ministério Publico recorreu da medida de coação aplicada ao ex-vice-presidente da Câmara de Montalegre, no âmbito da operação Alquimia. O procurador da operação não aceita que David Teixeira, ex-vice-presidente da Câmara de Montalegre, continue em liberdade. Sendo assim, apresentou recurso ao Tribunal da Relação do Porto por considerar que os indícios e as declarações que prestou confirmam as suspeitas claras dos crimes de que está indiciado.
O Ministério Público pede que as medidas de coação sejam agravadas e que o ex-autarca do PS, David Teixeira, fique em prisão preventiva.
Também David Teixeira entregou recurso aos desembargadores, mas em sentido oposto. Segundo sabe o Porto Canal, David Teixeira não concorda com a proibição de se deslocar a Montalegre, imposta pelo juiz, visto que reside em Boticas. Dessa forma, pede que essa restrição seja retirada.
Relativamente à caução de 100 mil euros que lhe foi aplicada para se livrar da cadeia, o Porto Canal confirmou que já foi cumprida. O ex-vice-presidente da Câmara de Montalegre deu ao tribunal a hipoteca da casa da companheira como garantia.
Recorde-se que David Teixeira é um dos principais visados da operação Alquimia. Segundo as contas do Ministério Público, em nove anos, uma dezena de empresas de familiares e amigos do presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, e do vice-presidente faturaram cerca de 15 milhões de euros em ajustes diretos e concursos públicos combinados entre as próprias empresas que participavam.