Farmacêuticos do SNS reuném-se com o Governo dia 26 e querem rever grelhas salariais

Farmacêuticos do SNS reuném-se com o Governo dia 26 e querem rever grelhas salariais
| Economia
Porto Canal/Agências

Os farmacêuticos dos serviços públicos vão reunir-se com o Governo no próximo dia 26, na tentativa de negociar a revisão das grelhas salariais, que datam de 1999, e a contagem integral do tempo de serviço para progressão na carreira.

“Temos 80% das pessoas na base da carreira. Temos pessoas com 20 e 30 anos de serviço, no SNS, e que, fruto da migração que nos foi imposta, ficaram na base da carreira. Na base da categoria e da remuneração”, explicou à agência Lusa Henrique Reguengo, do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos.

Estes profissionais, que estiveram em greve pela primeira vez em outubro e em novembro do ano passado, numa paralisação que teve uma adesão superior a 90%, lembram que “durante meses” ouviram muitos profissionais de saúde falarem de negociações, quando para os farmacêuticos “não houve nem uma palavra”.

“Manter a serenidade na classe com esta situação não foi fácil”, reconheceu o dirigente sindical, que frisa a necessidade de rever a situação de profissionais com dezenas de anos de serviço que não conseguiram sair da base da carreira: “Tenho um diretor de serviço de um grande centro hospitalar de Lisboa que está na base da carreira. Ganha menos do que o seu técnico coordenador”.

“Há duas coisas importantes: não posso ter pessoas assim na base da carreira e, depois, também temos uma tabela que data de 1999. Teve as atualizações da inflação (…) mas, ao contrario das outras profissões [da saúde] , que acabaram por conseguir ao longo do tempo (…) uma atualização (…), a nossa ficou parada”, apontou.

O responsável falou ainda na falta de farmacêuticos no SNS, lembrado a poupança que estes profissionais podem conseguir para o serviço público, por exemplo, com a gestão de medicamentos nos hospitais.

“Há muita coisa que nós podemos fazer, que se reverte de imediato em benefício próprio da situação clínica do doente e em benefício económico para o Serviço Nacional de Saúde, que só conseguimos fazer se tivermos gente, o que, neste momento, não temos”, afirmou.

 

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