A especialidade de Medicina de Urgência foi chumbada esta segunda-feira pela Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos com 51 votos contra e 21 votos a favor.

A Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos é composta por membros eleitos e por presidentes dos conselhos sub-regionais e dos conselhos médicos das regiões autónomas.

Uma proposta que está em discussão há vários anos aconteceu depois de 56 antigos e atuais diretores de serviços de urgência terem dito na semana passada num manifesto que é indispensável a criação da especialidade tendo em conta as “enormes insuficiências” da rede hospitalar.

Já o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, defendeu, em julho, a criação desta especialidade, mas frisou que mesmo assim não se resolvem os problemas que estão a decorrer em alguns serviços de urgência.

O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, disse através de uma reação por escrito à Lusa que a criação desta especialidade de Medicina de Urgência constitui “um eixo fundamental na estratégia delineada” para esta área.

Nas últimas semanas, vários serviços de urgência por todo o país têm registado alguns constrangimentos e tempos de espera elevados. Face a esta situação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que na próxima terça e quarta-feira irá deslocar-se a vários hospitais para se certificar dos devidos problemas.