Ordem dos psicólogos denunciou 70 falsos psicólogos ao Ministério Público

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Porto Canal

Há cada vez mais pessoas a exercer atos de Psicologia sem estarem habilitadas. Queixas estão a aumentar. Bastonário da ordem dos psicólogos alerta para "atividades paralelas que estão a por em causa a saúde pública".

Só em 2022 (até novembro), a Ordem dos Psicólogos Portugueses já encaminhou 70 processos por usurpação de título profissional, para investigação no Ministério Público.

Um número em crescimento avançado pelo Jornal de Notícias e, que compara com as 54 denúncias em 2021 e as 11 queixas em 2020. Em causa estão os "falsos psicólogos", que se denominam como tal, apesar de não terem título da ordem, mas também profissionais que exercem e praticam atos do foro da psicologia sem estarem habilitados para fazê-los.

"Muitas vezes, são consultores sem formação em psicologia. Vêm de outras áreas como a gestão, a economia e o direito e fazem formação de coaching durante uns fins de semanas", esclareceu ao jornal Francisco Miranda Rodrigues.

O bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses sublinhou que também há casos de exercício ilegal de psicologia por pessoas que não terminaram o curso ou que nunca ingressaram na ordem. Registam-se, ainda, situações de "pessoas que acham que têm muito jeito para os outros e passam a intitular-se "lifecoaches"".

"Só conheço uma certificação em coaching, que é o psicológico, e a entidade habilitada a fazê-lo é a Ordem dos Psicólogos Portugueses. De resto, não conheço mais nenhuma. A certificação é, muitas vezes, um negócio", frisou o bastonário, certo de que este é um problema de saúde pública.

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Em 2004 foi também esta a escolha de 52% dos inquiridos e de 59% da amostra no inquérito de 2014, face a outras datas propostas, como a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1985, a implantação da República (1910), a restauração da independência em 1640, a Batalha de Aljubarrota (1385) e a chegada de Vasco da Gama à Índia (1498).