Biden diz que está disposto a reunir-se com Putin, mas apenas se a Rússia estiver disposta a terminar o conflito. Os presidentes Joe Biden e Emmanuel Macron defenderam ainda a importância de uma aliança forte entre os dois países. 

Joe Biden, na conferência de imprensa após a cimeira bilateral com Macron, admitiu estar "preparado para dialogar" com o líder russo se "houver efetivamente um interesse da parte dele em encontrar uma forma de terminar a guerra". "Se for esse o caso, e em consulta com os meus amigos franceses e da NATO, estarei feliz em sentar-me com Putin para perceber o que quer e o que tem em mente". Contudo, Biden acrescentou que não tem qualquer indicação de que Putin tenha para já esse interesse.

O presidente norte-americano realçou que a união dos dois países está a ser essencial para impedir os avanços russos na Ucrânia. "Como aliados na NATO, em conjunto com a União Europeia e o G7, e parceiros por todo o mundo, a França e os Estados Unidos estão a conter a ambição de conquista de Vladimir Putin e a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia, que mais uma vez destruiu a paz no continente europeu."

"Os Estados Unidos não poderiam pedir um parceiro melhor para trabalhar do que a França", disse Biden numa breve declaração.

Assim como Biden, Macron destacou que os dois países lutaram lado a lado em muitas guerras. Em relação à aliança ocidental, que ajuda a Ucrânia a enfrentar a invasão russa, o chefe de Estado francês disse que é preciso voltar a "ser irmãos de armas". "Perante o regresso da guerra a solo europeu na sequência da agressão russa contra a Ucrânia, e face às múltiplas crises que atingem os nossos países e as nossas sociedades, temos de saber voltar a ser irmãos de armas.

Macron está de visita aos Estados Unidos da América com o objetivo de estreitar relações entre os dois países. Esta é a primeira visita de Estado em que Joe Biden é anfitrião, desde a tomada de posse em janeiro de 2021.

Tune in as I host a joint press conference with President Emmanuel Macron of France. https://t.co/3mppuSw9Ha

— President Biden (@POTUS) December 1, 2022