Ministra da Defesa defende ser preciso “proteger diariamente os ganhos da Restauração”

Ministra da Defesa defende ser preciso “proteger diariamente os ganhos da Restauração”
| Política
Porto Canal/ Agências

A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, considerou esta quinta-feira que, perante as ameaças internacionais, deve ser valorizada a independência nacional económica, social, política e cultural, afirmando ser preciso proteger “diariamente os ganhos da Restauração”.

Helena Carreiras discursou esta quinta-feira na cerimónia de homenagem aos Heróis da Restauração e da Guerra da Aclamação, que assinalou o 1.º Dezembro, em Lisboa, na qual estiveram presentes, entre outros, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Em “382 anos volvidos sobre aquele 1.º de Dezembro, Portugal enfrenta hoje um conjunto diferente de desafios. Muito embora a sua independência não se encontre diretamente ameaçada, continua a ser necessário proteger diariamente os ganhos da Restauração”, afirmou.

Para a ministra, isso passa por preservar e cuidar do território “em todos os domínios”.

“Mas a conceção do que é a independência de um país extravasa os meros limites da dimensão militar e material. Abarca o nosso modo de viver e de estar em comunidade, ancorados por valores e princípios que nos norteiam e que nos proporcionam garantias de estabilidade e paz”, alertou.

Segundo Helena Carreiras, estes valores e princípios “têm sido postos em causa por agressões aos pilares da comunidade internacional” em que Portugal se insere.

“É perante essas ameaças que devemos saber valorizar sempre a independência nacional, em todas as esferas: económica, social, política e cultural”, disse.

Esta independência, para a ministra, “encontra o seu sentido não no fechamento, mas na abertura ao outro, não no isolamento, mas na cooperação”.

“Uma independência que se fortalece na afirmação dos valores da democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos, na valorização da diversidade e do pluralismo”, acrescentou.

Afirmando que os “portugueses reafirmaram, a 1 de dezembro de 1640, que queriam ser independentes”, Helena Carreiras afirmou que “as consequências dessa afirmação encontram expressão no dia-a-dia” e encorajam a “recordar como a liberdade de muitos pode ser defendida por poucos, e como a integridade de um país encontra força no contributo de todos”.

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