Recinto do festival Vilar de Mouros “debaixo de água”. Rio divide freguesia em duas
Porto Canal
A forte precipitação dos últimos dias não tem dado tréguas à região norte do país. Que o diga Vilar de Mouros, em Caminha, que na passada terça-feira viu o Rio Coura galgar as margens e alastrar à zona antiga e nova da freguesia, conhecidas por serem palco do lendário evento que todos os anos invade a freguesia.
Carlos Alves, em declarações ao Jornal de Notícias, esclareceu que esta subida do nível do rio é normal em tempos de chuva intensa, estando a capela de Santo Amaro adaptada para essas situações de cheia. As imagens colocadas em locais mais elevados, o piso de pedra e os bancos de oração em alumínio ajudam a ultrapassar uma situação que, segundo o autarca, já se tornou habitual.
"No ano passado não aconteceu nenhuma vez, mas há anos em que acontece várias vezes. Já estamos um pouco habituados a isto", afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros. "O que é de salientar, desta vez, é que, apesar de já ter deixado de chover há várias horas, a água mantém-se ainda muito alta", acrescentou.
"O único transtorno é que a freguesia fica dividida em duas", assinala, explicando que a via que atravessa a localidade (e separa o Largo do Casal, recinto antigo do festival, e o novo) fica coberta pelas águas. Os seus habitantes têm de procurar "uma de três alternativas", sendo que, "qualquer uma delas obriga a percorrer, pelo menos, mais dez quilómetros que o habitual".