Homicídio ou morte natural? Morte de estudante na noite do Porto envolta em dúvidas
Porto Canal
A defesa do estudante francês acusado da morte de um jovem à porta de um bar, no Porto, levou a tribunal duas médicas legistas que contrariam o relatório da autópsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal. Segundo o parecer, assinado por duas clínicas do Algarve, Paulo Correia tinha um aneurisma e terá morrido de morte natural.
Segundo avança o Jornal de Notícias, no relatório das médicas Teresa Dores Costa e Maria Conceição Roubaco, pode ler-se que o jovem português “não sofreu um traumatismo de natureza contundente tipo murro na face, nem na região occipital” e que a morte terá resultado de uma “rotura de aneurisma da artéria cerebral posterior”.
Para as especialistas, o álcool que a vítima tinha no sangue e o stress a que esteve sujeito numa situação de confrontos físicos terão contribuído para a existência de um AVC com derrame.
Anas Kataya, o principal arguido, tem negado o crime desde o início. Garante que nunca se envolveu em confrontos com a vítima. De recordar que o Ministério Público deixou cair a acusação de homicídio qualificado e pediu a condenação por “ofensas corporais graves, agravadas pelo resultado”.
O jovem francês, atualmente em prisão preventiva, e um outro estudante acusado de ofensas à integridade física, devem conhecer a sentença final no próximo dia 17 de novembro.