A empresa Águas do Norte, concessionária do abastecimento de água em Arouca, anunciou esta segunda-feira obras de 2,8 milhões de euros para alargar a rede e melhorar o sistema de saneamento nesse concelho do distrito de Aveiro.

Adjudicada à empresa Construções Carlos Pinho Lda., a empreitada de construção e reabilitação já está em curso desde o dia 18 e visa construir sete quilómetros de redes de abastecimento de água, assim como criar 12 quilómetros de canais de saneamento de águas residuais, edificar duas estações elevatórias para as mesmas e implementar 386 ramais domiciliários nesse contexto.

Segundo a empresa, o conjunto da intervenção permitirá “disponibilizar a parte significativa da população residente a possibilidade de usufruir de um adequado serviço público de saneamento de águas residuais e de abastecimento de água”, o que conduzirá a “uma melhoria significativa da sua qualidade de vida” e também ajudará à “preservação do meio ambiente”.

Os trabalhos vão incidir nas freguesias de Santa Eulália, Chave, Arouca e Burgo, e abrangem operações de construção civil, instalação de estruturas elétricas e eletromecânicas, e implementação de sistemas de telecomunicações e telegestão.

A obra tem um prazo de execução de 455 dias e é financiada em 1,6 milhões de euros, na componente estritamente relacionada com as infraestruturas de saneamento de águas residuais.

A presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, adiantou à Lusa que já estão previstas outras intervenções de reforço das redes de água e de saneamento.

“Estamos preparados para lançar novas empreitadas de investimento na rede de saneamento, a curto prazo, para alargar a cobertura a outras freguesias, uma vez que já dispomos dos projetos de execução aprovados. O investimento total é superior a 2,5 milhões de euros e a sua concretização só está pendente da abertura de novos avisos de financiamento comunitário”, explica.

O objetivo da autarca socialista é “continuar a pressionar a Águas do Norte para [o município de Arouca] conseguir convergir para as taxas de cobertura de água e saneamento da região Norte”, no que será “fundamental”, contudo, “que o próximo período de programação de fundos estruturais assegure a continuidade do trabalho que está a ser feito nestas infraestruturas básicas – essenciais à valorização e qualidade ambiental de territórios de baixa densidade”.