Liderança do Mecanismo Europeu de Estabilidade assegurada temporariamente por interino

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Porto Canal / Agências

A liderança do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) será assumida internamente pelo até agora diretor executivo adjunto, Christophe Frankel, até final do ano ou até ser possível encontrar um substituto que reúna aprovação dos ministros da zona euro.

A informação foi hoje avançada pelo próprio MEE, duas semanas após o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, ter retomado as consultas para encontrar um novo diretor executivo do fundo de resgate europeu, altura na qual Portugal e Luxemburgo retiraram as duas únicas candidaturas ainda existentes ao cargo, sendo que o candidato português era o ex-ministro das Finanças João Leão.

Num comunicado divulgado após uma reunião extraordinária hoje realizada por videoconferência, o MEE indica que o Conselho de Governadores do Mecanismo, composto pelos 19 ministros das Finanças da zona euro, "nomeou o diretor executivo adjunto, Christophe Frankel, para o cargo de diretor executivo por um período transitório".

Este período terminará em 31 de dezembro deste ano ou numa "data anterior, quando tomar posse um novo diretor executivo nomeado pelo Conselho de Governadores", explica o MEE, especificando que a nomeação é efetiva a partir do próximo sábado, já que o mandato do atual líder da instituição, Klaus Regling, termina um dia antes, na sexta-feira.

A escolha surge depois de um período de negociações sem frutos, já que nunca nenhum dos quatro candidatos ao cargo (incluindo o ex-governante português João Leão) conseguiu reunir 80% dos votos expressos, numa votação em que Portugal, por exemplo, tem um direito de voto de cerca de 2,5%, o que compara com o da Alemanha (26,9%) e de França (20,2%), estes com maior peso e com poder de veto.

Citado na nota à imprensa, o presidente em exercício do Eurogrupo e do Conselho de Governadores do MEE, Paschal Donohoe, salienta que a decisão hoje tomada visa "assegurar a continuidade na condução dos atuais trabalhos do Mecanismo".

O responsável destaca que Christophe Frankel, diretor executivo adjunto da instituição desde a sua criação, em 2012, "tem uma notável experiência profissional no campo das finanças e mercados financeiro".

Paschal Donohoe agradece ainda a Klaus Regling "pelos seus incansáveis esforços e feitos notáveis no estabelecimento e desenvolvimento do MEE como uma instituição de confiança, uma âncora de estabilidade financeira na zona euro".

Já Klaus Regling lembra o papel do fundo de resgate europeu para "navegar através de crises difíceis e manter a zona euro unida".

Há duas semanas, o Governo português anunciou que retirou a candidatura do ex-ministro das Finanças João Leão ao cargo de diretor executivo do MEE, num acordo com o Luxemburgo, que também abdicou do seu candidato, Pierre Gramegna.

O alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do Mecanismo desde a criação da instituição, em 2012, termina o seu mandato em 07 de outubro.

A decisão sobre a sua sucessão é tomada pelos ministros das Finanças do euro, numa votação feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado.

O Conselho de Governadores do MEE é o órgão máximo de tomada de decisões do organismo que é composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas do mecanismo, os países do euro, com a pasta das Finanças. Portugal está representado pelo ministro da tutela, Fernando Medina.

O diretor executivo do MEE é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo.

Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para manter a estabilidade financeira.

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