Vila Real quer tradições como o “pito” e o andor da Pena no Património Imaterial

Vila Real quer tradições como o “pito” e o andor da Pena no Património Imaterial
| Norte
Porto Canal / Agências

Vila Real quer tradições como o “pito” e o andor da Pena no Património Imaterial

O anúncio foi feito através de um comunicado, divulgado esta terça-feira, e que revela que o município quer apostar no “reconhecimento do património cultural, material e imaterial, valorizando a memória e herança culturais do concelho”.

“O que nos desafiou a assumir este compromisso foi a certeza de termos um património riquíssimo, seja ele histórico, natural ou humano, e que é único. E fazer a inscrição no INPCI é um revisitar do nosso passado, da nossa identidade, privilegiando-se o respeito pelo território e pelas pessoas, colocando-se o enfoque na relação da cultura com a comunidade e com a democracia”, afirmou a vereadora da Cultura, Mara Minhava, citada no comunicado.

Assim, no âmbito do “Levantamento Nacional do Património Cultural Imaterial (PCI) 2022", a câmara de Vila Real manifestou intenção de inscrever o andor da Senhora da Pena, a procissão do Bom Jesus do Calvário, as tradições de Santa Luzia e São Brás e as tunas rurais do Marão e Alvão, esta última em articulação com os municípios de Santa Marta de Penaguião e Amarante e a associação Arquivo de Memórias.

O município justificou que as tradições de Santa Luzia e São Brás são “únicas no país”. No dia de Santa Luzia (13 dezembro) a mulher oferece o pito ao homem, um doce típico de massa e abóbora, e depois, no dia de São Brás (03 de fevereiro), é o homem que oferece a gancha à mulher, uma espécie de bengala de açúcar caramelizado.

Esta é uma tradição que começou por ser religiosa e acabou, com o passar do tempo, por ter um cariz popular e são mulheres e homens de todas as idades que aderem à brincadeira.

A Senhora da Pena é a maior romaria da região e é conhecida por ter um dos maiores andores do país, que chega a ultrapassar os 20 metros, pesa cerca de duas toneladas e precisa de dezenas de homens para o transportar.

Quanto à procissão do Bom Jesus do Calvário, é uma manifestação do calendário religioso vila-realense, que constitui o ponto alto de uma das festas com maior devoção, envolvimento e participação popular do concelho.

“Falamos de organizações peculiares, não só do ponto de vista cultural ou religioso, mas também do ponto de vista sociológico e antropológico, envolvendo um esforço comunitário, revelador de um extraordinário sentimento de pertença à comunidade”, salientou a autarquia.

Sobrevivem, atualmente, cinco tunas rurais nas aldeias de Soutelo, Bisalhães, Campeã, Carvalhais e Ansiães, que se espalham pelas serras do Marão e Alvão.

São agrupamentos musicais de origem popular e algumas são já muito antigas, mas correm risco de extinção devido ao despovoamento das aldeias e ao desinteresse dos mais jovens.

Segundo o município, “é também por este motivo que se torna imperioso não deixar morrer este património, tão presente na memória coletiva de todos”.

“O património humano é o que nos distingue como vila-realenses, como transmontanos, como durienses. E é este mesmo património humano que também nos distingue na Europa e no mundo, porque é o que nos torna únicos e nos enriquece perante o ‘outro’, afirmou o presidente da câmara de Vila Real, Rui Santos, também citado no comunicado.

O autarca lembrou que está a ser desenhado o Plano Estratégico Municipal de Cultura – Vila Real 2030, e que, neste âmbito, o município decidiu “declarar a cultura como um bem essencial”, tornando-se “pioneiro neste desígnio”.

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