Cabaz de alimentos essenciais aumenta 11%, anuncia DECO Proteste
Porto Canal
Entre Março e Agosto o preço de um cabaz de bens alimentares essenciais passou de 185 euros para 206 euros, pode ser lido numa análise da DECO Proteste divulgada esta segunda-feira.
A subida de preços dos bens alimentares já se fazia sentir desde o final de 2021. O nervosismo dos mercados acabou por ser exponencialmente intensificado com a invasão da Ucrânia pela Rússia, um esforço de guerra que já dura há mais de sete meses e que acentuou a escalada dos preços
A 1 de março, precisamente, a DECO Proteste marcou o início da análise a um cabaz de 63 alimentos essenciais, prolongando-a por seis meses, até 31 de agosto. E a conclusão confirma a sensação generalizada, mês após mês, de uma tendência no acréscimo de euros em muitos alimentos, com a pescada fresca e os brócolos no pelotão da frente dos que sofreram a mais pronunciada subida de custo: 67% e 47%, respetivamente.
Em termos globais, no período considerado, o cabaz aumentou de 185,17 para 206,39 euros. São mais 21 euros, ou seja, 11 por cento. As famílias começaram a sentir que, para o mesmo orçamento, não conseguem encher o carrinho de supermercado com a mesma quantidade de géneros alimentícios. Os dados não contrariam o crescimento da conta total no supermercado. Para o estudo da DECO Proteste, foi escolhido um cabaz de 63 alimentos, incluindo produtos de mercearia, laticínios, carne, peixe, fruta, legumes e congelados.
A monitorização dos preços passou a ser feita todas as quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior. Para obter o custo do cabaz, foi calculado o preço médio por produto em todos os supermercados online do simulador da DECO PROTESTE. Por fim, somou-se o preço médio de todos os produtos para chegar ao custo do cabaz para um certo dia. Quase todas as semanas, o fenómeno do incremento dos preços repete-se. Alguns produtos registam subidas de dois dígitos, de uma semana para a outra.
Quais os alimentos mais caros?
No último dia de agosto, 55 dos 63 comestíveis analisados estavam mais caros face a 1 de março. A seguir à pescada fresca e aos brócolos, os campeões dos aumentos nos seis meses em exame são a couve-coração e o óleo alimentar (ambos com 36% de subida), a batata vermelha (mais 33%), o frango inteiro (mais 30%), o bife de peru (mais 25%), os cereais de mel (mais 23%), as costeletas de porco (mais 20%) e as bifanas de porco (mais 18 por cento).