"Sim" em referendos à anexação à Rússia lidera com 97%. NATO fala em "violação do direito internacional"
Porto Canal
A imprensa russa está a avançar que mais de 97% dos votantes disseram sim à adesão à Rússia, nos referendos que decorreram entre 23 e 27 de setembro nos territórios ucranianos ocupados pelas tropas de Moscovo.
De acordo com a agência de notícias, Ria Novosti, mais de 97% dos votantes disseram sim à adesão à Federação Russa, isto ainda com menos de um quarto dos votos contabilizados.
Na autoproclamada República Popular de Donetsk, onde foram apurados 20,64% dos votos, 98,27% dos eleitores manifestaram-se a favor da integração na Rússia.
No que diz respeito a Lugansk, onde 21,11% dos votos já foram contabilizados, 97,93% votaram favoravelmente. Na região de Zaporíjia foram 98,19% os votos favoráveis à entrada na Rússia, e na região de Kherson 97,63% votaram sim, sendo que 27% dos votos já estarão contados.
Referendos são uma "flagrante violação da lei internacional"
No Twitter, o responsável diz que, numa conversa com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixou claro que o apoio da NATO à defesa da Ucrânia é "inabalável. Na mesma publicação, considera que os referendos da Rússia não são legítimos. Afirma ainda que são uma "violação flagrante do direito internacional".
Just spoke with President @ZelenskyyUa & made clear that #NATO Allies are unwavering in our support for #Ukraine’s sovereignty & right to self-defence. The sham referenda held by #Russia have no legitimacy & are a blatant violation of international law. These lands are Ukraine.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) September 27, 2022