TAP diz que não negociar com hackers é atitude ética. "Esperamos que nos apoiem"
Porto Canal
CEO da companhia aérea apresentou um "sincero pedido de desculpas" aos clientes pelo ataque que expôs os dados e permitiu a sua venda na dark web.
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, defende que a posição adotada pela companhia aérea de não negociar com os hackers que acederam a dados dos clientes da empresa tem por base uma "atitude ética".
"Não queremos negociar e não estamos dispostos a recompensar este comportamento de maneira nenhuma. Esperamos que nos apoiem nesta atitude ética", apresentando também um "sincero pedido de desculpas" e um site com dicas de segurança.
Numa mensagem em formato vídeo divulgada no YouTube, Christine explica que o recente ciberataque foi detetado na "fase inicial" e, embora não tenha causado "impacto na operação e segurança", resultou na obtenção de dados por parte dos atacantes informáticos.
"Infelizmente, os hackers conseguiram descarregar alguns dados do nosso servidor protegido. O ataque dirigia-se a nós, mas atingiram também os nossos clientes", reconhece a CEO, estando agora os dados em questão "à venda na dark net".
O grupo de cibercriminosos Ragnar Locker cumpriu com a ameaça e publicou na última segunda-feira 581 "gigabytes (GB) de dados que diz serem relativos a 1,5 milhões de clientes da TAP".