Marcelo defende que "seria incompreensível" não estar nas celebrações dos 200 anos do Brasil

Marcelo defende que "seria incompreensível" não estar nas celebrações dos 200 anos do Brasil
| Política
Porto Canal / Agências

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu que "seria incompreensível" não estar nas celebrações dos 200 anos da independência do Brasil e rejeitou a possibilidade de ficar associado à campanha eleitoral brasileira.

"São duas coisas completamente separadas", sustentou, o Presidente português, em declarações aos jornalistas, no Palácio Itamaraty, em Brasília, onde se encontrou durante 20 minutos com o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "seria incompreensível que Portugal não estivesse representado ao mais alto nível naquilo que é um momento histórico único na vida do Brasil e de Portugal".

"Não tem nada a ver com que o que se passa na vida interna dos países, como já não teve quando há cem anos o Presidente [da República Portuguesa] António José de Almeida aqui veio [por ocasião dos cem anos da independência do Brasil], num momento difícil da vida política portuguesa e da vida política brasileira", prosseguiu o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa enquadrou a sua presença "no plano do Estado", que distinguiu da "vivência própria dos regimes políticos e dos sistemas políticos em cada momento".

Por outro lado, assinalou que também estão em Brasília para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil os chefes de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e de Cabo Verde, José Maria Neves, que foram igualmente recebidos por Bolsonaro no Palácio Itamaraty.

No seu entender, seria "uma ironia do destino" que estivessem esses representantes "de Estados que nasceram também a partir também do império colonial português" nas comemorações dos 200 anos do Brasil "e não estivesse o Presidente da República do país que mais ligado estava a este facto".

"Portugal, que teve um domínio colonial sobre o Brasil no tempo do império, tendo sido, por coincidência única na História do mundo, o filho do rei de Portugal a declarar a independência do Brasil e a dotar o Brasil de uma Constituição, coisa rara naquela altura", referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou como motivo adicional para a sua presença a vinda do coração de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal especialmente para estas comemorações, "um gesto simbólico que é único".

As comemorações dos 200 anos da independência do Brasil acontecem quando está em curso a campanha oficial para as eleições presidenciais brasileiras de 02 de outubro, com uma eventual segunda volta em 30 de outubro, às quais são candidatos, entre outros, Jair Bolsonaro e Lula da Silva.

Augusto Santos Silva, a segunda figura do Estado português, estará igualmente em Brasília para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, a convite do presidente do Senado Federal brasileiro, Rodrigo Pacheco.

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