PSD/Matosinhos critica "complacência" da autarquia face à má qualidade das águas do mar

PSD/Matosinhos critica "complacência" da autarquia face à má qualidade das águas do mar
| Política
Porto Canal / Agências

O PSD de Matosinhos criticou hoje a “posição de complacência e submissão” da presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, relativamente à má qualidade da água na costa portuguesa desde Matosinhos e até Ilhavo.

“A reunião de Câmara é na próxima quarta-feira. Os vereadores do PSD irão questionar e apresentar os seus protestos, a Luísa Salgueiro, sobre esta matéria”, no sentido de perceber o que afetou a qualidade da água e se “o epicentro” do problema está em Matosinhos, refere o PSD.

Em comunicado, o presidente do PSD Matosinhos, Bruno Pereira refere que “nestes últimos dias, Portugal foi surpreendido com a interdição e a colocação de bandeiras vermelhas nas praias, de Matosinhos até Ilhavo”.

Segundo Bruno Ferreira, a Agência portuguesa do Ambiente (APA) apurou a presença de valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência na água, “contudo não noticiou é que estamos a falar de valores 18 e 5 vezes superiores aos padrões ditos máximos recomendáveis para Enterocos e para Echerichia, de extrema perigosidade para a saúde pública dos banhistas”.

Considera que, “devido à grande abrangência territorial não se pode falar somente de descargas de detritos fecais, algo anormal ocorreu” e questiona “o que fez o Governo e o município de Matosinhos para minimizar este flagelo?”

Bruno Pereira, que é também vereador social-democrata na Câmara de Matosinhos, refere que, “dado que as correntes marítimas possuem direções e constâncias bem definidas na costa portuguesa, é certo e sabido que estas tem sentido descendente, de norte para o centro de Portugal. Pode ser Matosinhos o epicentro?”

Em seu entender, deve ser tido em conta a seca extrema que originou uma diminuição do caudal de rios e ribeiras, pelo que o fator de diluição diminui, a água está mais quente e com menor taxa de oxigênio, o que contribuí para uma multiplicação bacteriana.

“Qual a situação que pode alavancar a interdição desde Matosinhos a Ilhavo?” questiona.

“Uma das possibilidades com escala é as obras de dragagem na infraestrutura portuária de Leixões, mesmo tendo consciência plena da sua importância em termos económicos e geoestratégicos, bem como a necessidade de melhoria da sua competitividade e eficiência, importa respeitar a saúde publica, não é aceitável sujeitar a população a estás perigosidades”, refere Bruno Pereira.

Os Estudos de Impacto Ambiental desta obra, “não deixavam de ser preocupantes, pois apontavam, entre outros, para a deterioração da qualidade de água, do ar e dos solos, para a alteração morfológica das praias, e afetavam diretamente os desportos náuticos, a restauração, enfim, a economia local”, acrescenta.

O PSD de Matosinhos manifesta “preocupação perante as consequências possíveis e já previsíveis das obras do Porto de Leixões, são milhões de toneladas de areias e rocha que são retiradas, colocadas a poucas milhas da nossa costa, do caudal do Rio Leça, um dos rios mais poluídos da europa, são décadas de detritos acumulados nas águas interiores do Porto de Leixões, que agora são expostos e podem colocar em perigo a saúde pública”.

O PSD lamenta a posição de “complacência e submissão que a Câmara Municipal de Matosinhos sempre assumiu sobe esta questão”.

Os autarcas do PSD, questionaram o executivo de Matosinhos sobre a qualidade das águas da praia, devido a "inúmeros relatos de banhistas que tiveram de receber tratamento hospitalar e farmacêutico".

“Foi rebatido que estava tudo em conformidade”, afirma Bruno Pereira.

A Lusa contactou a Câmara de Matosinhos e a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), na tentativa de obter mais esclarecimentos, mas ambas as entidades recusaram comentar as declarações do presidente do PSD matosinhense.

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