França rejeita a construção de gasoduto que liga Península Ibérica ao resto da Europa

França rejeita a construção de gasoduto que liga Península Ibérica ao resto da Europa
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França está contra as intenções mostradas pela Alemanha, Espanha, Portugal e a Comissão Europeia sobre a construção de um novo gasoduto com a Península Ibérica e mantém as suas fortes reticências à ideia de reavivar o projeto MidCat pelos Pireneus catalães, que se abandonou em 2019.

O governo de Emmanuel Macron não se deixou convencer pelos apelos do chanceler alemão Olaf Sholz e rejeitou a proposta de construção de um novo gasoduto que liga a Península Ibérica à Europa, através de França.

De acordo com a notícia avançada esta quinta-feira pelo El País, o Ministério da Transição Energética de França, liderado por Agnès Pannier-Runacher, argumentou que um projeto de tal dimensão exigiria vários anos até estar concluído e que, por isso, não seria capaz de dar resposta à atual crise energética.

Estas afirmações contrastam com as declarações da ministra da Transição Energética espanhola, Teresa Ribera, que dizia, na semana passada, que uma ligação nos Pirenéus podia ficar pronta em menos de um ano, "oitou ou nove meses", se fosse pretensão de França. 

Contudo, além do tempo, o Ministério a Transição Energética gaulês argumenta que a construção de um novo gasoduto prejudicaria as metas climáticas, nomeadamente prescindir dos combustíveis fósseis até 2050. 

Paris é também contra o custo "muito significativo" que a construção iria exigir, "de pelo menos 3.000 milhões de euros", defendendo antes a construção de terminais marítimos que “permitem importar gás dos países do Golfo Pérsico e dos Estados Unidos”.

“Estes terminais no norte e leste da Europa, e especialmente na Alemanha, representam investimentos menores e mais rápidos, se forem flutuantes”, segundo o ministério agora citado pela rádio espanhola “Cadena Ser”.

O gasoduto tem uma extensão de quase 200 quilómetros entre Girona, Espanha, e Carcassonne, França, sendo necessário um investimento superior a 450 milhões de euros.

O projeto foi abandonado em 2019 depois de os reguladores nos dois lados das fronteiras terem chumbado o projeto pela sua falta de viabilidade e elevados custos. O projeto também mereceu a oposição de associações locais e ambientalistas.

No que concerne ao território nacional, a terceira interligação entre Portugal e Espanha está projetada a partir de Celorico da Beira, Guarda, seguindo depois para Vale de Frades, distrito de Bragança, entra em Espanha e depois liga-se à rede gasista espanhola em Zamora. Em 2018, a REN – Redes Energéticas Nacionais previa que o projeto estivesse totalmente completo em 2028.

A ideia da construção de um novo gasoduto que atravessa os Pirenéus entre Espanha e França voltou a ser tema de debate depois de o chanceler alemão ter lançado o apelo a fim de libertar a Europa da dependência energética da Rússia. “Este gasoduto iria aliviar massivamente a situação atual do abastecimento”, assinalou o chefe do Governo alemão, Olaf Scholz, que, ainda assim, parece não reunir o apoio do Governo de Emmanuel Macron.

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