Governo diz-se atento ao Grupo Espírito Santo mas tranquilo em relação ao banco

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 03 jul (Lusa) - O ministro da Presidência afirmou hoje que o Governo acompanha com atenção a situação do Grupo Espírito Santo, mas está tranquilizado pelo Banco de Portugal em relação à solidez financeira do Banco Espírito Santo.

"Independentemente das perturbações que está a atravessar alguma parte do Grupo Espírito Santo, neste momento, aquilo que já foi dito para tranquilidade dos portugueses, e ainda bem que assim é, por parte do supervisor, que é o Banco de Portugal, é que o Banco Espírito Santo está suficientemente sólido e robusto dentro do grupo para poder tranquilizar os seus depositantes", declarou Luís Marques Guedes, em resposta aos jornalistas, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros.

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares reiterou esta mensagem, por outras palavras: "É evidente que, responsavelmente, todos nós seguimos atentamente [a situação do Grupo Espírito Santo], temos é a tranquilidade de saber que as entidades responsáveis pela supervisão e regulação direta do sistema financeiro há muito que vêm acompanhando esta situação e estão a tomar as medidas adequadas, que consideram as medidas necessárias a obviar que qualquer problema extravase para fora do grupo e extravase nomeadamente dentro até do grupo para a instituição bancária - o que, obviamente, já foi dito pelo Banco de Portugal, neste momento, não há qualquer risco de isso vir a acontecer".

Segundo Luís Marques Guedes, o executivo PSD/CDS-PP "atentamente segue essa preocupação" quanto ao Grupo Espírito Santo, mas essa "é uma matéria que não diz respeito diretamente ao Governo".

"O que é importante é que isso esteja a ser tratado por quem de direito, esteja a ser devidamente acompanhado pelas autoridades nacionais e internacionais sobre o sistema financeiro, porque isso é que pode dar segurança e tranquilidade aos portugueses, e nomeadamente os depositantes, de que não vão ser afetados minimamente no seu relacionamento com o banco, fruto dessas outras dificuldades que o Grupo Espírito Santo em si atravessa", reforçou.

O ministro da Presidência enquadrou a situação do Grupo Espírito Santo dizendo que "tudo se passa no universo das empresas privadas e do funcionamento dessas mesmas empresas" e que "não compete aos governos interferir diretamente na supervisão ou na regulação do sistema financeiro".

Qualificando o supervisor nacional como "uma entidade muito competente, muito idónea", Luís Marques Guedes acrescentou: "É o Banco de Portugal, em conjunto com o Banco Central Europeu, que tem vindo a acompanhar estas situações, e bem, e que têm de intervir quando entendem e como entendem que devem intervir".

IEL // SMA

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