Proteção civil prevê extinção do fogo na Serra da Estrela em dois dias

Proteção civil prevê extinção do fogo na Serra da Estrela em dois dias
Pedro Abranches d'Aguiar Mateus
| País
Porto Canal / Agências

O incêndio que lavra desde 06 de agosto na serra da Estrela e que atingiu os distritos de Castelo Branco e da Guarda poderá ser dado como extinto dentro de dois dias, assumiu hoje a Proteção Civil.

O segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) adiantou que, apesar de o incêndio ter sido considerado dominado às 23:36 de sexta-feira, “durante a tarde de hoje mantém-se ainda no terreno todo um trabalho de rescaldo e de vigilância ativa de todo o perímetro”.

"Haverá um procedimento de vigilância ativa pós-incêndio e depois será declarado como completamente extinto. Será um trabalho que continuará mais um dia ou dois”, disse Miguel Cruz durante um 'briefing' de atualização da situação.

O segundo comandante da ANEPC disse que a “noite foi relativamente tranquila”, mas, tendo em conta “a maior incidência das condições meteorológicas” durante a tarde, como o vento e as temperaturas a subirem, "mantém-se o trabalho de consolidação dos pontos quentes identificados”.

“Estamos a ajustar o dispositivo para a tarde que se avizinha e, neste momento, temos no teatro de operações 1465 combatentes, 433 veículos e cinco meios aéreos”, adiantou.

De acordo com Miguel Cruz, os pontos quentes identificados por uma câmara térmica, instalada numa aeronave que sobrevoou a região durante a manhã, situam-se “em todo o flanco direito”, onde se encontrava a frente ativa na sexta-feira e depois “em algumas ilhas que existem dentro do perímetro e que pontualmente consomem a parte verde que ainda existe”.

O comandante apresentou ainda alguns números, mesmo reconhecendo que “não é um balanço final”, contabilizando “uma área ardida, neste momento, de 14.757 hectares, segundo o sistema de vigilância europeu Copernicus”.

“Estiveram envolvidos neste incêndio 16 máquinas de rasto, de diferentes entidades; um total de seis assistidos, um elemento da GNR, quatro bombeiros e um civil; temos a registar 16 feridos leves entre os combatentes, 13 bombeiros e três do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)”, adiantou.

Miguel Cruz contabilizou ainda “três bombeiros feridos graves, resultante do acidente registado com a corporação de Loures", distrito de Lisboa, que resultou em cinco feridos, “dos quais quatro já se encontram nas suas habitações e o quinto está a recuperar favoravelmente no hospital” de Viseu.

A ANEPC registou também “116 deslocados da vila de Linhares, que entretanto já regressaram às suas habitações” e, no que diz respeito aos “danos no imediato, há quatro dependências agrícolas, dois veículos e duas segundas habitações e alguns edifícios devolutos afetadas pelo incêndio”.

O incêndio deflagrou na madrugada do dia 06 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, e as chamas estenderam-se depois ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira.

Miguel Cruz referiu ainda “para se ter uma ideia da potência do incêndio, o total de energia libertada nos diferentes dias resulta num total de 766 terajoules de energia, sendo que o máximo registado foi 242 terajoules no dia 10 de agosto”.

“Do ponto de vista de energia libertada, a bomba atómica de Hiroxima representou cerca de 30 terajoules, portanto, isto representa cerca de 25 bombas de Hiroxima, do ponto de vista de energia libertada”, comparou.

O comandante considerou “um valor muito elevado e muito significativo” que justificou, “sobretudo, pela quantidade de combustível disponível para arder conjugado pelas condições meteorológicas”.

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