Trump diz que buscas decorreram "sem aviso prévio" e incluíram armários de Melania

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Porto Canal / Agências

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a criticar hoje a busca feita pelo FBI à sua mansão, referindo que esta decorreu "sem aviso prévio" e serviu também para inspecionar os armários da antiga primeira-dama Melania.

O magnata republicano garantiu, numa publicação através da sua rede social, Truth Social, que os seus advogados e representantes estavam em "total cooperação" e que tinha sido estabelecido um relacionamento "muito bom", antes das buscas.

"Tudo corria bem, melhor do que com a maioria dos presidentes precedentes e, depois, de repente e sem aviso, Mar-a-Lago foi alvo de buscas, às 06:30 [11:30 em Lisboa], por um número muito grande de agentes", sublinhou.

"O governo poderia ter o que queria, se o tivéssemos", atirou o ex-presidente, que criticou a atuação dos agentes por também revistarem os armários da sua mulher, vasculhando as roupas e itens pessoais desta e deixando-os "relativamente revirados".

A publicação de Trump surgiu depois de o líder do Departamento de Justiça, Merrick Garland, ter dado uma conferência de imprensa para confirmar que autorizou as buscas à mansão de Trump e que pediu a um tribunal da Florida para que tornasse público quer o mandato, quer o inventário do FBI.

Durante uma conferência de imprensa excecional, Garland não revelou nada sobre as razões e os resultados da busca, mas adiantou que tinha sido autorizada por um juiz federal.

"Aprovei pessoalmente a decisão de solicitar um mandado de busca para este assunto", declarou Garland.

"O Departamento de Justiça não toma este género de decisão de ânimo leve", garantiu.

Esta busca inédita feita pela polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) a um antigo presidente dos EUA ocorreu na segunda-feira, à residência de luxo de Trump em Mar-a-Lago, Palm Beach.

Entretanto, Donald Trump contratou um conhecido advogado de defesa criminal de Atlanta, defensor de rappers famosos, para representá-lo perante o grande júri especial que investiga se o ex-presidente tentou ilegalmente interferir com as presidenciais de 2020 no estado da Georgia.

Entre os clientes de Drew Findling estão Cardi B, Migos e Gucci Mane, bem como o comediante Katt Williams.

A sua publicação mais recente no Instagram é de dois dias depois da polémica decisão do Supremo Tribunal dos EUA que derrubou a lei federal que garantia o direito ao aborto, onde afirmou estar comprometido na "luta para restaurar o direito de escolha de uma mulher, que foi destruído pelo Supremo", numa indicação que as ideias do advogado não são as mesmas do republicano.

O escritório de advocacia Findling revelou em comunicado que foi contratado, juntamente com os advogados Jennifer Little e Dwight Thomas, para representar Trump.

Findling adiantou ainda, numa declaração por correio eletrónico, que é um "defensor apaixonado contra a injustiça" e que "defenderá fortemente" Trump.

"Posso diferir politicamente de muitos dos meus clientes, mas isso não muda o meu compromisso de defender contra investigações indevidas. Neste caso, o foco no Presidente Trump no condado de Fulton, na Georgia, é claramente uma perseguição errónea e politicamente motivada", sublinhou.

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