Ucrânia: Novos ataques de artilharia contra central nuclear de Zaporijia

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Porto Canal / Agências

Novos ataques de artilharia atingiram hoje a central nuclear de Zaporijia, com Ucrânia e Rússia a culparem-se mutuamente.

Um membro da administração pró-russa daquela região do sul da Ucrânia, Vladimir Rogov, declarou que "os militantes [do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky] dispararam novamente contra a central nuclear de Zaporijia, a maior da Ucrânia e da Europa".

A empresa ucraniana que opera a central afirmou que os russos acertaram cinco vezes perto de um depósito de material radioativo.

De acordo com as autoridades pró-russas, o nível de radioatividade depois dos ataques permanece normal.

Zaporijia já tinha sido atacada duas vezes na semana passada, suscitando preocupação da comunidade internacional.

Ambos os lados relatam que hoje os impactos provocaram um pequeno incêndio e ninguém ficou ferido, apesar de cinco outros projéteis terem caído ao pé de um quartel de bombeiros próximo da central.

Vladimir Rogov afirmou que o ataque foi lançado de lança-'rockets' e peças de artilharia pesada na margem oriental do rio Dniepre.

Os militares russos controlam a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, desde os primeiros dias da sua intervenção militar na Ucrânia.

Moscovo acusou nos últimos dias os ucranianos de atacar a central e promover o "terrorismo nuclear", enquanto a Ucrânia culpa a Rússia, ao manter tropas em Zaporijia, de criar uma situação perigosa para a Europa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou que 5.401 civis morreram e 7.466 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 166.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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