Wall Street fecha em alta graças a alívio dos investidores com variação de preços

| Economia
Porto Canal / Agências

A bolsa nova-iorquina encerrou em alta, com os investidores a receberem com alívio o arrefecimento da subida dos preços nos EUA, em julho, com o contentamento particularmente visível no setor da tecnologia.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones avançou 1,63%, o tecnológico Nasdaq progrediu 2,89%, para os 12.854,80 pontos, o nível mais elevado desde o fim de abril, e o alargado S&P500 ganhou 2,13%, para as 4.210,24 unidades, o seu máximo dos últimos três meses.

Todos os setores do S&P500 fecharam em alta, particularmente o das despesas discricionárias (2,81%), com os investidores a considerarem o ligeiro arrefecimento dos preços como um alívio e um passo na boa direção para as despesas de consumo, que representam dois terços da economia dos EUA.

O índice de preços no consumidor (IPC) nos EUA não variou em termos mensais e caiu para 8,5% em termos anuais, dos 9,1% registados em junho. Os preços caíram graças em particular à baixa dos custos de combustível.

"Hoje é um dia em que uma boa notícia para os consumidores também o foi para os investidores", reagiu Art Hogan, da B. Riley Wealth.

Esta acalmia da inflação torna "provável que a Reserva Federal [Fed] não seja tão agressiva como foi nas duas últimas reuniões monetárias", acrescentou, o que explicaria "a celebração" dos investidores.

Não obstante, dirigentes da Fed, pouco depois da divulgação dos número da inflação e da reação tão positiva dos investidores, lembraram que a Reserva continuava determinada em controlar a inflação, através da política monetária.

Por exemplo, Neel Kashkari, do banco da Fed em Minneapolis, recordou que "ainda se estava longe, muito longe de declarar vitória" sobre a inflação e o que o objetivo continuava a ser reduzi-la para dois por cento.

Estas afirmações não reduziram o entusiasmo dos investidores, dos quais 58% esperam agora que a Fed, em setembro, só suba a sua taxa de juro de referência em meio ponto percentual em vez dos três quartos, como até agora se esperava.

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