Trump quis fazer um desfile militar sem feridos porque "não o faziam parecer bem"

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Porto Canal / Agências

Donald Trump quis fazer um grande desfile militar em 2017, quando ainda estava na Casa Branca, mas sem "tipos feridos", porque "não o faziam parecer bem", segundo um general norte-americano em declarações num livro agora publicado.

A obra "The Divider: Trump in the White House", divulgada hoje em exclusivo pela revista New Yorker, foi escrita por dois jornalistas, Peter Baker e Susan Glasser, que recolheram conversas entre Trump e os seus colaboradores militares mais próximos, que derivavam com frequência em controvérsias sobre a visão do país e do governo.

Uma destas controvérsias ocorreu em 2017, quando Trump regressou de França depois de assistir ao desfile militar da festa nacional francesa, o 14 de Julho, que então descreveu como "algo tremendo" e "realmente bonito de ver", sugerindo imediatamente fazer algo parecido nos EUA.

Mas, disse aos seus generais "não quero tipos feridos no desfile". Quando estes lhe replicaram que esses veteranos (ex-combatentes) feridos são os verdadeiros heróis do país, Trump replicou: "Não os quero. Não me fazem parecer bem", segundo o relato do general Mark Milley, chefe do Estado Maior Conjunto dos EUA.

Outra divergência, já revelada, ocorreu em 2020, no contexto dos protestos antirracistas do movimento de direitos cívicos, quando Trump quis que o Exército participasse na repressão dos protestos, mas sem conseguir o envolvimento das forças armadas.

"Vocês são todos uns falhados", disse Trump aos generais e, dirigindo-se a Milley, detalhou: "Não podem disparar, simplesmente? Disparar simplesmente para as pernas, ou assim", segundo os autores do livro.

Trump ficava exasperado com a resistência dos generais às suas propostas e, uma vez, questionou-os: "Porque é que não podem ser como os generais alemães?".

Quando um destes lhe replicou que esses generais tinham conspirado secretamente para matar Hitler, Trump contestou: "Não. Não. Não. Foram-lhe absolutamente fiéis".

Segundo Baker e Glasser, Milley formou uma especie de célula de crise com o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, depois das eleições que Trump perdeu, com o objetivo de garantir uma transição ordenada de poder. Tinham conferências telefónicas diárias a três, sem o conhecimento de Trump, que designavam por 'chamadas de aterragem do avião'.

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