Inês de Sousa Real, líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), recorreu esta sexta-feira à rede social Twitter para aplaudir a posição manifestada pela PETA, Organização não Governamental britânica que propôs o fim do uso de aves pelo Benfica em cerimónias antes dos jogos no Estádio da Luz. Em troca, oferece-se para cobrir os custos de um disfarce de águia, a ser usado por uma pessoa.

A parlamentar do PAN afirmou que esta é já uma pretensão antiga do partido, realçando que “o lugar dos animais selvagens não é no desporto, por muito que os adeptos possam gostar”.

Inês de Sousa Real defendeu que é importante “que as pessoas se questionem sobre o acontece depois da "voltinha" ao Estádio. Que vida levam estes animais e em que condições”. E reiterou que “viverem permanentemente acorrentadas ao poleiro” não representa a qualidade de vida que merecem. “Confinadas sem poderem voar? Mas alguma vez isso é qualidade de vida?”.

Nada que o @Partido_PAN não tenha já defendido! O lugar dos animais selvagens não é no desporto, por muito que os adeptos possam gostar.
Importa ainda que as pessoas se questionem sobre o acontece depois da "voltinha" ao Estádio. Que vida levam estes animais e em que condições. https://t.co/ktkRGLPILU

— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) July 29, 2022

Posição manifestada um dia depois do pedido da PETA, Organização não Governamental britânica que se dedica aos direitos dos animais, que propôs que a equipa portuguesa envie as águias para um santuário e sugere que se usem pessoas mascaradas de águias nos eventos.

«As águias não pertencem a jogos desportivos, SL Benfica. Se concordam, coloquem as vossas águias num santuário, nós cobrimos os custos. Em substituição, coloquem uma mascote humana que será, certamente, apoiada pelos adeptos do SL Benfica», refere a organização.

A PETA vai mais longe e refere os perigos do uso destes animais em eventos:

«Aves usadas como mascotes podem ser feridas ou mortas em estádios. A sua presença também é perigosa para os adeptos. Uma coruja morreu após ser atingida por uma bola, águias colidiram contra paredes e janelas de vidro e foram esmurradas por um adepto de uma equipa rival. Um falcão aterrou na cabeça de um adepto e enterrou as suas garras no seu couro cabeludo», afirmou.