Seis municípios transmontanos com apoio de um milhão de euros para garantir água

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Porto Canal / Agências

Carrazeda de Ansiães, Bragança, 29 jul 2022 (Lusa) -- Seis municípios transmontanos vão receber uma ajuda de cerca de um milhão de euros para combater os efeitos da seca, nomeadamente através do reforço do abastecimento de água às populações, disse hoje à Lusa um dos autarcas.

O presidente da Câmara de Carrazeda de Ansiães, João Gonçalves, é um dos beneficiários do apoio financeiro da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o anfitrião da sessão marcada para quarta-feira, 03 de agosto, para a assinatura dos protocolos, que envolvem ainda os municípios de Mogadouro, Vimioso, Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, e Alijó, no distrito de Vila Real.

De acordo com o autarca, o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, estará presente na cerimónia da assinatura dos protocolos que vão garantir aos seis municípios de Trás-os-Montes um apoio financeiro da APA que ronda "um milhão de euros".

A ajuda corresponde apenas a uma parte do investimento que os municípios estão a realizar para mitigar os efeitos da seca e que no caso de Carrazeda de Ansiães se aproxima dos 400 mil euros com um apoio "até 150 mil euros", como exemplificou à Lusa o autarca.

Este município é dos que enfrenta uma das situações de maior escassez de água para consumo humano no distrito de Bragança e o presidente da Câmara já tinha anunciado que iria ter que recorrer ao transporte de água em camiões para garantir o abastecimento.

Segundo disse à Lusa, a autarquia lançou esta semana o concurso público para adjudicar a prestação do serviço de "aluguer de camiões-cisterna para fazer o transporte rodoviário" de água captada na barragem de Foz Tua, na zona da Brunheda, para a Estação de Tratamento de Água (ETA) que abastece o concelho.

O aporte de água do rio Tua foi a solução encontrada para suprir a que falta na barragem de Fontelonga, que, já em junho, estava com 30% da capacidade, menos de metade do volume habitual nesta altura do ano, devido à seca.

Se a população continuasse a ser abastecida apenas pela habitual barragem, a água só daria "até outubro", segundo ainda o autarca.

O município já lançou também uma campanha de sensibilização junto da população que "está a ter alguns efeitos em termos de mitigação do consumo", mas a situação exige que sejam tomadas mais medidas como o transporte de água do rio Tua para a ETA.

Este município pediu ajuda para fazer face aos encargos e que será garantida nos protocolos que vão ser assinados, na quarta-feira, em Carrazeda de Ansiães.

A cerimónia relativa aos problemas da seca decorre durante a manhã e à tarde, também em Carrazeda de Ansiães, serão discutidas as consequências dos incêndios florestais das últimas semanas na região.

O autarca local adiantou à Lusa que está agendada uma reunião entre o secretário de Estado João Paulo Catarino, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e os municípios afetados pelos fogos.

HFI // MSP

Lusa/fim

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