Governo atribui à APDL gestão do terminal ferroviário de mercadorias de Leixões

Governo atribui à APDL gestão do terminal ferroviário de mercadorias de Leixões
| Política
Porto Canal / Agências

O Governo aprovou esta quinta-feira a atribuição à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) a gestão do terminal ferroviário de mercadorias do porto de Leixões, segundo comunicado do Conselho de Ministros.

"Foi aprovado o decreto-lei que atribui à APDL -- Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, as competências de gestora de infraestruturas no terminal ferroviário de mercadorias de Leixões", pode ler-se no comunicado desta quinta-feira. 

De acordo com o Governo, "o presente diploma reflete mais um passo na integração entre a modalidade ferroviária e marítima no transporte de mercadorias, através da gestão de infraestruturas concentrada na autoridade portuária".

O executivo afirma que a mudança objetiva "a coordenação dos setores" e ultrapassa "constrangimentos de interação técnico-operacional que decorrem do cenário em vigor", em que a Infraestruturas de Portugal (IP) gere o terminal.

Segundo um comunicado enviado pela APDL à Lusa, "neste momento, em Leixões, um contentor que venha pela ferrovia para o transporte marítimo tem que sair da ferrovia, entrar na área urbana, e percorrer os 18 quilómetros que dista a entrada no porto de Leixões".

O Governo refere ainda que promove "o reforço da conexão com o 'hinterland' [território interior] do porto de Leixões, sendo este um fator decisivo para o crescimento da infraestrutura portuária e para o desenvolvimento social do território de influência, favorecendo a sua competitividade e a dos seus clientes".

Já a administração portuária refere que a mudança terá "um impacto positivo a nível económico, social, bem como a criação de mais um passo decisivo rumo à neutralidade carbónica".

Citado no texto, o presidente da APDL, Nuno Araújo, referiu que a mudança vai permitir "aumentar a cota ferroviária, aumentar as mercadorias movimentadas pelo Porto de Leixões, aumentar as soluções para a cadeia logística (com ganhos evidentes tanto em rapidez como em competências), e diminuir a pegada ambiental".

O responsável lembrou ainda "a Estratégia para a Mobilidade Sustentável e Inteligente (da União Europeia) que prevê a duplicação do transporte ferroviário de mercadorias e triplicação do número de passageiros em alta velocidade".

A APDL aponta que a mudança na gestão da infraestrutura ocorrerá no primeiro dia útil após decorrerem seis meses da promulgação (se favorável) do diploma, que ainda terá de ser publicado em Diário da República.

No dia 29 de outubro de 2021, em Cascais, no distrito de Lisboa, o presidente da APDL, Nuno Araújo, disse que "de certeza absoluta" que em 2022 o terminal ferroviário da IP em Leixões seria integrado na estrutura portuária.

Além do terminal de Leixões, este ano a gestão do terminal ferroviário de mercadorias da Guarda vai também passar da IP para a APDL.

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