Escolas de Celorico com diretor provisório até final do ano
Porto Canal
Mário Sousa é o novo diretor provisório do Agrupamento Escolar de Celorico de Basto, depois de a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) ser aconselhada a não homologar as eleições para a direção do passado dia 15 de junho.
Para gerir os destinos das escolas da região, Mário Sousa foi apontado pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) para formar uma CAP: Comissão Administrativa Provisória. A nova equipa escolhida tem cinco elementos.
“Fui convidado pelo Delegado Regional da DEGEstE para pacificar o ambiente escolar”, revelou Mário Sousa ao Porto Canal. “A preocupação é o bem-estar de toda a comunidade educativa”. O novo diretor confirmou ainda a preocupação entre pais e professores depois de processo eleitoral marcado por controvérsias.
A 15 de junho, Domingos Carvalho foi eleito novo diretor do agrupamento por larga maioria, num processo contestado por dúvidas sobre a idoneidade do vencedor: em 2017, o professor de Educação Visual foi condenado a 2 anos de pena suspensa por violência doméstica sobre a ex-mulher. Parte da comunidade escolar criticou a eleição, por considerar que Domingos Carvalho não teria competências morais para assumir o cargo. A diretora cessante do Agrupamento de Celorico chegou a pedir a revisão da eleição à DGAE.
No início deste mês, um dos candidatos derrotados à direção avançou com um processo no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, alegando que Domingo Carvalho não teria apresentado o certificado de registo criminal na apresentação da candidatura. O Tribunal deu razão ao queixoso e aconselhou a DGAE a não homologar a eleição.
Agora, a DGEstE empossou Mário Sousa como diretor provisório durante um período máximo de 18 meses. Durante este período, a Comissão Administrativa Provisória deve preparar uma nova eleição.