Demissões no Governo Britânico a toda a hora. Boris Johnson já perdeu mais de 50 membros em 48h

Demissões no Governo Britânico a toda a hora. Boris Johnson já perdeu mais de 50 membros em 48h
| Política
Porto Canal / Agências

As demissões no Governo Britânico não param de aumentar e esta quarta-feira iniciou com a demissão do ministro britânico para a Irlanda do Norte, Brandon Lewis. O ministro demitiu-se em protesto contra a continuidade do primeiro-ministro, Boris Johnson, sendo que mais de 40 membros do executivo apresentaram a demissão desde quarta-feira.

Brandon Lewis disse que "lamenta profundamente" deixar o executivo, frisando que "de um governo se espera honestidade, integridade e respeito mútuo".

São cada vez mais os membros do Governo que decidiram renunciar aos cargos em protesto pelos contínuos escândalos que envolvem Boris Johnson.

Hoje, pouco depois de se conhecer a decisão de Brandon Lewis também apresentaram a demissão o secretário de Estado da Segurança, Damian Hinds, e a secretária de Estado do Tesouro, Helen Whateley.

Apesar das demissões Boris Johnson tem recusado deixar o cargo.

Na carta de demissão, o ex-ministro para a Irlanda do Norte disse que defendeu o Governo "em público e em privado" mas que foi atingido "um ponto de não retorno".

"Não posso sacrificar a minha integridade pessoal para defender as coisas tal como elas estão. É evidente que o nosso partido [Conservador], os deputados e os apoiantes [do partido] e todo o país merecem melhor", disse Lewis na mensagem enviada ao chefe do Governo.

O ex-secretário de Estado da Segurança pediu mudança na liderança do Partido Conservador "pelo bem do país e pela confiança" na democracia.

Por outro lado, Helen Whatelt reconheceu que apoiou as políticas de Boris Johnson, mas que nesta altura "chegou-se ao limite", referindo-se aos pedidos de desculpas do primeiro-ministro.

Com estas novas demissões aumenta a pressão sobre Boris Johnson para que se demita sendo que o influente Comité 1922, que agrupa os deputados conservadores, prepara uma modificação das regras para que se possa levar a cabo uma nova moção de censura interna contra o chefe do governo.

Johnson argumenta que conta com um forte apoio do eleitorado, após vencer por maioria as eleições gerais de 2019.

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