31 acusados, 261 crimes violentos. Desfecho do processo 'No Name Boys' adiado
Porto Canal
A leitura do acórdão do julgamento de 31 elementos ligados à claque do Benfica 'No Name Boys' estava prevista para esta segunda-feira, depois do anúncio feito no final de março, pelo coletivo de juízes no Tribunal Judicial de Sintra, mas foi adiada para dezembro. Em causa estão vários ataques violentos perpetrados pela ala 'Casuals' da claque, entre os quais a a agressão a um adepto do Sporting CP, em maio de 2020, no Estoril, mas também o ataque "à pedrada" do autocarro da equipa do Benfica, na noite de 4 de junho, e o vandalismo na casa de Bruno Lage.
Depois da segunda e última sessão destinada a alegações finais, nas quais todos os advogados pediram a absolvição dos seus constituintes, o presidente do coletivo de juízes reconheceu a “natureza urgente” do processo, que é prioritário por ter seis arguidos em prisão domiciliária, mas também a necessidade de tempo para “uma análise tão rigorosa da prova quanto possível”, realçando que esta é “extensa”.
“A leitura será ainda antes das férias judiciais, em 4 de julho de 2022, ponderada a natureza urgente dos autos, bem como a excecional complexidade”, afirmou na altura o juiz-presidente Bruno Gorjão, do Juízo Central Criminal de Cascais, clarificando que a leitura terá início pelas 14h00. Devido a condições logísticas, o julgamento deste processo tem decorrido em Sintra. O tribunal fez agora saber que, “ponderada agora a natureza já não urgente dos autos, bem como a prioridade de outros processos”, decidiu adiar a sessão.
Este processo junta-se a outros processos passados e em curso relativos à claque não reconhecida pelo Benfica, em que já estiveram em causa crimes como associação criminosa, tráfico de estupefacientes, posse de arma ilegal, entre outros.