Do programa de emergência social, à saúde e à redução de impostos: as sete prioridades de Luís Montenegro para o país
Porto Canal
No discurso de encerramento do congresso do PSD, o novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido, sendo que a maioria já constava da moção estratégica que fez aprovar pelos delegados: do plano de emergência social ao combate “ao caos” na saúde e da redução da carga fiscal ao referendo à regionalização.
Os discursos de encerramento de congressos têm como propósito, tradicionalmente, a projeção do futuro do partido por parte dos líderes. E foi precisamente o que Luís Montenegro fez. No discurso de encerramento do congresso do PSD, o novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido.
Prioridades bem definidas
A primeira prioridade é então o combate a carestia de vida: com uma inflação cada vez mais significativa, “todos estão a perder poder de compra, mas num país de baixos salários e pensões baixas, os mais frágeis vivem impactos de maior aflição”.
Perante este cenário, o líder laranja defende a criação de um Programa de Emergência Social “que aproveite o excedente criado pela repercussão da inflação na cobrança dos impostos e inclua medidas como um vale alimentar mensal às famílias de mais baixos rendimentos”, prometendo ainda descidas na fiscalidade sobre combustíveis e apoios ao setor agrícola, pecuário e pescas.
O segundo tópico na ordem de trabalhos de Montenegro é a Saúde, assumindo que esta será a sua “grande causa política”. Montenegro quer “reformar, reestruturar e reorganizar” o Serviço Nacional de Saúde.
Para Montenegro, “é o complexo ideológico que tem impedido o sistema público de saúde” de se desenvolver, propondo assim que “aqueles que têm mais fracos recursos também possam aceder a cuidados privados e do setor social”.
O terceiro ponto é reduzir os impostos como contributo para o crescimento económico. A propósito, o líder dos social-democratas disse que irá apresentar propostas nos próximos meses para a economia, mas já adiantou que o princípio será o do alívio fiscal.
Em quarto lugar, o novo líder social-democrata defendeu “políticas que retenham jovens e talento em Portugal”. “São necessárias medidas fiscais, que possam discriminar em sede de IRS os jovens”, disse, defendendo que “é possível acomodar no sistema fiscal uma taxa máxima de 15% para os jovens até aos 35 anos, com exceção do último escalão”.
O quinto tema centrou-se na atração e acolhimento de emigrantes. “Só atrairemos os melhores se impulsionarmos a nossa economia e salários e tivermos politicas de integração atrativas”, apontou.
O penúltimo tema proposto por Luís Montenegro é um pacto sobre a transição digital, energética e ambiental, num “compromisso que junte poderes públicos, academia, parceiros sociais e associativos, que determine metas e objetivos”.
Por último, Montenegro mostrou-se contra um referendo à regionalização previsto para 2024, este que era um compromisso socialista, apontando que tal “não é adequado”, tratando-se de “uma irresponsabilidade”.