Espanha destina mais 9.000ME até final do ano para responder a subida de preços

| Economia
Porto Canal com Lusa

(CORREÇÃO NO 2.º PARÁGRAFO) Madrid, 25 jun 2022 (Lusa) - O Governo espanhol aprovou hoje um novo plano para responder ao impacto da guerra na Ucrânia na economia e ao aumento dos preços, no valor de 9.000 milhões de euros até ao final do ano.

Entre as medidas aprovadas estão a descida do IVA (imposto sobre o consumo) da eletricidade para 5% e um cheque de 200 euros para desempregados e trabalhadores com rendimentos mais baixos, revelou o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid, no final de um Conselho de Ministros extraordinário. (NOVA VERSÃO PARA RETIRAR A REFERÊNCIA DE QUE OS CHEQUES DE 200 EUROS SÃO MENSAIS)

Serão também aumentadas em 15% as pensões de reforma e invalidez não contributivas (cerca de 60 euros mensais) e haverá um desconto de 50% nos passes para os transportes públicos tutelados pelo Estado e de 30% nos que são assegurados pelos governos regionais.

O plano aprovado hoje mantém e prolonga medidas do anterior, como descontos diretos nos combustíveis, o aumento em 15% do rendimento mínimo, limites ao aumento das rendas de casa ou a descida e abolição de outros impostos sobre a eletricidade.

Com a nova descida do IVA para 5%, Espanha vai cortar os impostos sobre a eletricidade em 80% este ano, segundo Sánchez.

Este novo pacote de medidas, que estará em vigor a partir de 01 de julho, junta-se a outro aprovado no final de março com apoios diretos e benefícios fiscais a famílias e empresas até ao final deste mês, no valor de 6.000 milhões de euros.

Trata-se de um "esforço extraordinário do ponto de vista orçamental" de 15.000 milhões de euros em 2022 para responder à crise inflacionista, ou seja, 1% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol, sublinhou Sánchez, o socialista que lidera um Governo de coligação com a extrema-esquerda da Unidas Podemos.

Sánchez anunciou ainda que "nas próximas semanas" o Governo espanhol vai levar ao parlamento uma proposta para agravar os impostos sobre as empresas energéticas que espera ter em vigor em janeiro de 2023.

"A carga desta situação tão dolorosa tem de ser partilhada com justiça [e] quem mais obtém deve dar mais ao esforço coletivo", afirmou, referindo que estão em causa, em relação a estas empresas (petrolíferas e elétricas), "ganhos absolutamente injustificados com o aumento dos preços da energia".

MP // ROC

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Boas ou más notícias para o crédito à habitação? Taxas Euribor com novas atualizações

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três e a seis meses e subiu a 12 meses face a quarta-feira.

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.