Bolsa de Lisboa em baixa com Galp Energia a liderar perdas, a cair mais de 4,5%
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 22 jun 2022 (Lusa) -- A bolsa de Lisboa estava hoje em baixa, a manter a tendência da abertura, com as ações da Galp Energia a cair 4,52% para 10,89 euros.
Cerca das 09:10 em Lisboa, o PSI recuava 1,79% para 5.845,31 pontos, com 14 'papéis' a caírem e um a subir.
Às ações da Galp Energia seguiam-se as da Altri, BCP e EDP Renováveis, que se desvalorizavam 3,67% para 6,30 euros, 2,70% para 0,19 euros e 2,61% para 21,65 euros, respetivamente.
No mesmo sentido, as ações dos CTT, Navigator e EDP eram outras das que mais desciam, designadamente 1,77% para 3,06 euros, 1,75% para 3,82 euros e 1,62% para 4,32 euros.
As ações da Semapa e da Greenvolt estavam a cair respetivamente 1,60% para 13,54 euros e 1,59% para 6,81 euros.
Em sentido contrário, as ações da Jerónimo Martins eram as únicas que subiam de cotação, designadamente 1,36% para 18,70 euros.
O PSI (Portugal Stock Index) é desde 21 de março o principal índice da Bolsa de Lisboa com uma primeira carteira composta por 15 das 19 empresas que integravam o antecessor PSI20.
Na Europa, as principais bolsas negociavam hoje em baixa, à espera da intervenção do presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Jerome Powell, com o petróleo a cair 5% devido aos receios de uma recessão económica.
Londres descia numa sessão em que se soube que a taxa de inflação no Reino Unido subiu para 9,1% em maio, a mais elevada desde março de 1982.
Depois das subidas em Wall Street na terça-feira, o otimismo dilui-se perante o "medo que uma subida demasiado intensa das taxas de juro, com o objetivo de controlar a inflação, possa traduzir-se numa recessão", afirmam analistas da Renta4, citados pela Efe.
Os mercados vão estar pendentes de qualquer referência sobre o ritmo de subidas das taxas de juro nos EUA, num contexto de medo de uma recessão e de um descontrolo de subida inflação, quando o presidente da Fed, Jerome Powell, comparecer hoje no Congresso e na quinta-feira no Senado.
No mercado de matérias-primas, o petróleo Brent, de referência na Europa, descia 5% para cerca de 108 dólares devido aos receios de uma possível recessão económica.
No mercado da dívida, os juros das dívidas soberanas mantinham-se a cair, depois dos máximos atingidos em 14 de junho e de na semana passada o Banco Central Europeu (BCE) se ter mostrado disposto a criar uma ferramenta para travar a subida e apesar do aumento das taxas de juro da Reserva Federal dos EUA (Fed), de 0,75 pontos percentuais.
Os juros da Alemanha a 10 anos estavam hoje de manhã a 1,712%.
No outro lado do Atlântico, Wall Street terminou em alta, com o Dow Jones a avançar 2,15% para 30.530,25 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro deste ano.
O Nasdaq fechou a valorizar-se 2,51% para 11.069,30 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro do ano passado.
A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0486 dólares, contra 1,0534 dólares na terça-feira.
O barril de petróleo Brent para entrega em agosto abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 108,89 dólares, contra 114,63 dólares na terça-feira.
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