Blatter e Platini julgados na Suíça
Porto Canal
Blatter e Platini começaram a ser julgados pela justiça suíça.
Os antigos presidentes da FIFA e da UEFA respondem por suspeita de fraude, gestão danosa, abuso de confiança e falsificação de documentos.
Sete anos depois do escândalo que pôs fim às suas carreiras, os ex-presidentes da UEFA, Michel Platini, e da FIFA, Joseph Blatter, começaram a ser julgados esta quarta-feira na Suíça por suspeitas de fraude, gestão danosa, abuso de confiança e falsificação de documentos.
O caso remonta a 2015, com os dois ex-dirigentes a serem suspeitos de combinar o pagamento ilícito de 1,8 milhões de euros por parte da FIFA ao então dirigente máximo da UEFA.
Platini terá recebido a quantia em 2011, alegadamente, pelos serviços prestados como conselheiro de Blatter entre 1998 e 2002.
Ambos justificaram o pagamento tão diluído no tempo com o facto de as finanças da FIFA, na altura, não permitirem remunerações tão elevadas como as acordadas entre os dois envolvidos.
O caso já foi julgado nas instâncias desportivas e Blatter, que renunciou à presidência da FIFA em 2015, acabou suspenso por seis anos de qualquer atividade ligada ao futebol, por "abuso de posição", "conflito de interesses" e "má gestão". Já Platini recebeu uma punição de quatro anos.
O interrogatório a Joseph Blatter, que arrancou esta quarta-feira, no Tribunal de Bellinzona, na Suíça, foi adiado esta em virtude do frágil estado de saúde apresentado pelo antigo presidente da FIFA, de 86 anos, tendo sido retomado esta quinta-feira.
As audiências do ex-líder da FIFA entre 1998 e 2015, e Platini, antiga estrela na década de 1980 da seleção francesa e da Juventus, vão prolongar-se até ao dia 22 de junho e a sentença é esperada para 8 de julho.
Segundo a legislação suíça, se forem condenados, os antigos dirigentes podem enfrentar penas de prisão até cinco anos.