Banco de Inovação Social distinguiu ideias de negócios de todo o país

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 28 jun (Lusa) -- Um banco de bicicletas, um centro de ofícios e um clube de bem-estar e antienvelhecimento para maiores de 50 anos foram algumas das ideias de negócios selecionadas pelo Banco de Inovação Social, anunciou hoje a Misericórdia de Lisboa.

Os projetos vencedores do Programa de Apoio ao Empreendedorismo, promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foram escolhidos entre 764 candidaturas a concurso, oriundas de todo o país.

Os 30 finalistas, que foram selecionados pelo Conselho Operacional do BIS a partir de uma lista de 50 candidatos, fizeram hoje de manhã "uma defesa final do seu projeto".

Em declarações à agência Lusa, a diretora do Departamento de Empreendedorismo e Economia Social da SCML destacou "o empenho e a motivação" dos empreendedores, que são "bastante jovens, a maioria raparigas, altamente qualificados".

"Isto é um sinal de alerta de que há pessoas muito qualificadas em busca de oportunidades de negócio porque o mercado de trabalho não está fácil", disse Maria do Carmo Marques Pinto.

A responsável adiantou que há projetos muito diversos, que vão desde a área dos serviços, da agricultura, até um negócio de criação de abelhas.

Apesar de a maioria dos projetos ser de Lisboa (13), há também ideias de negócios do Porto, Aveiro, Santarém, Setúbal, Braga, Sintra, Loures, Nazaré e de Loughton, no Reino Unido.

"Alguns projetos têm já à nascença uma capacidade de internacionalização" que o BIS vai "apostar fortemente", frisou.

A criatividade dos portugueses de identificarem "nichos de mercado" e tirarem partido deles surpreendeu a responsável.

"É o tirar partido da pequena oportunidade, de ter abertura, imaginação e conseguir identificar uma oportunidade de negócio", sustentou, considerando que o "grande desafio agora é levar para a frente o negócio".

"Desenvolver negócios requer muita paciência, muita persistência, muita força de vontade", mas o BIS vai dar o "apoio necessário" para que os empreendedores não desanimem e dar-lhes "todos os instrumentos" para que possam desenvolver os negócios com sustentabilidade.

O BIS tem como um dos objetivos "encorajar as pessoas a olharem para a sua vida de outra maneira".

"Estes jovens há dez anos estariam a trabalhar numa empresa, numa multinacional. Hoje vão ser empresários, isso é de celebrar", comentou.

Segundo a SCML, "muitos empreendedores optaram por apresentar negócios sociais como forma de promover o autoemprego e de oferecer uma resposta inovadora às necessidades sociais consideradas prioritárias pelo Programa do BIS, entre elas a criação de emprego".

O Programa de Empreendedorismo Social tem uma duração de 17 meses. Nesta primeira fase, avança-se para a capacitação e elaboração do plano de negócios, até ao final do ano.

Segue-se uma etapa de incubação e financiamento e uma terceira fase de preparação para a entrada no mercado.

O BIS lançou, em maio, o desafio de apresentação de projetos que possam ajudar a dar resposta a quatro necessidades prioritárias identificadas: Promoção do envelhecimento ativo, combate ao abandono escolar, combate ao desperdício e combate ao desemprego.

HN //GC.

Lusa/fim

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