Nove associações pedem suspensão de novas regras para transporte de mercadorias
Porto Canal / Agências
Lisboa, 28 jun (Lusa) - Uma plataforma constituída por nove associações pediu hoje a suspensão das novas regras de transporte de mercadorias e avisam que pode haver atrasos nas entregas de jornais, pão, medicamentos e outros bens a partir de segunda-feira.
A partir de 01 de julho, as alterações ao regime de bens em circulação obrigam à comunicação prévia do documento de transporte à Autoridade Tributária, trazendo "graves impactos às empresas, podendo mesmo afetar o abastecimento, quer à industria, quer ao comercio e mesmo aos consumidores finais", alertou a porta-voz da plataforma e diretora geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), Ana Trigo Morais.
A plataforma junta ainda as Associações do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN), dos Industriais de Panificação de Lisboa (AIPL), de Marketing Direto (AMD), dos Transitários de Portugal (APAT), de Imprensa (API) e de Operadores Logísticos (APOL).
As associações alegam que as alterações implicam um "enorme investimento" que pode chegar às "centenas de milhões de euros" devido à atualização de software", ao qual acrescem "inquantificáveis custos de ineficiências".
Alertam ainda para as debilidades do Portal das Finanças, temendo "falta de resposta atempada" para o fluxo de mercadorias.
"Não é exequível operar com um sistema que gera constantemente atrasos e interrupções e que vai provocar falhas no abastecimento", salienta a plataforma.
Alem disso, "as novas alterações não são de todo relevantes para combater a economia paralela e a concorrência desleal".
A plataforma acrescenta que, a entrarem em vigor, estas alterações serão "um dos maiores e mais graves obstáculos à eficiência logística, à competitividade da economia".
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