Dois soldados senegaleses mortos em ataque de homens armados em Casamança

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Porto Canal com Lusa

Dacar, 25 jan 2022 (Lusa) - Dois soldados senegaleses foram mortos esta segunda-feira na Gâmbia, quando uma patrulha militar foi atacada por homens armados alegadamente pertencentes ao Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), anunciou o exército senegalês.

"Lamentamos a perda (...) de um oficial subalterno e de um oficial superior, que foi mortalmente atingido. Na sequência de uma perseguição e resposta vigorosa dos nossos homens, um rebelde armado com uma espingarda de assalto Kalashnikov foi morto e dois outros feitos prisioneiros", referiu a Direção de Informação e Relações Públicas do exército senegalês numa declaração publicada hoje pelo diário local Le Quotidien.

O incidente envolveu uma patrulha das forças armadas senegalesas destacadas na Gâmbia integradas na missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) naquele país, enquanto realizavam uma operação de segurança a sul da cidade de Bwiam.

Os atacantes armados estavam escondidos num camião que transportava madeira, de acordo com o comunicado.

A região de Casamança, no sul do Senegal e junto à fronteira com a Guiné-Bissau, é o cenário de uma rebelião armada desde 1982, atualmente considerada como um conflito de baixa intensidade, entre o Governo em Dacar e o MFDC.

O movimento exige a independência daquela região senegalesa, separada do resto do país pela vizinha Gâmbia, e que historicamente se reclama abandonada pelo Governo senegalês.

Ao contrário do norte do país, mais árido, o sul do Senegal tem terras férteis e é rico em recursos florestais, sendo o tráfico ilegal de madeira nos últimos anos a principal fonte de financiamento do MFDC, segundo um relatório da organização não-governamental britânica Environmental Investigation Agency (EIA).

Casamança já foi a zona turística mais popular do Senegal pelas suas florestas e qualidade das praias e, ainda que a rebelião independentista tenha limitado o seu potencial, tem gozado de longos períodos sem incidentes violentos.

Catorze lenhadores foram mortos em janeiro de 2018 por homens armados que, no mesmo mês, assaltaram também quatro turistas espanhóis, depois de terem parado o veículo em que viajavam.

A crise de Casamança causou centenas de mortos e obrigou dezenas de milhares de pessoas a fugir ou refugiar-se na Guiné-Bissau e na Gâmbia nos seus primeiros anos.

O exército senegalês realizou, por várias ocasiões nos últimos anos, operações militares com o objetivo de neutralizar os rebeldes que se refugiam na zona e combater as atividades dos bandos armados, permitindo às populações regressar às suas casas.

APL // VM

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