ONU exige libertação imediata de navio dos EAU apreendido por rebeldes no Iémen

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Porto Canal com Lusa

Nações Unidas, Nova Iorque, 14 jan 2022 (Lusa) -- O Conselho de Segurança da ONU exigiu hoje a "libertação imediata" do navio dos Emirados Árabes Unidos (EAU) confiscado no início deste mês pelos rebeldes Huthis, bem como da respetiva tripulação, indicaram fontes diplomáticas.

A declaração foi redigida pelo Reino Unido, sob pressão dos EAU, membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas desde 01 deste mês, e nela é condenada a apreensão do navio "Rwabee".

Os 15 membros do Conselho de Segurança apelam a "todas as partes para que resolvam esta questão rapidamente" e enfatizam "a importância da liberdade de navegação no Golfo de Aden e no Mar Vermelho, de acordo com o direito internacional", lê-se na declaração, citada pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

No documento, o Conselho também insta "todas as partes a diminuírem as tensões" no Iémen e a "cooperarem construtivamente" com o enviado especial da ONU "para que se possam retomar as negociações políticas inclusivas", indica-se no texto.

Assim que o navio foi capturado, a 03 de janeiro, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, países do Golfo que estão a intervir militarmente no Iémen desde 2015 em apoio às forças governamentais no combate aos rebeldes Huthis, próximos do Irão, denunciaram um ato de "pirataria" contra um navio civil.

Os Huthis alegam que se trata de um navio que transportava "equipamento militar", enquanto os sauditas falam de uma embarcação com materiais destinados à construção de um hospital no arquipélago iemenita de Socotra, controlado por separatistas do sul do Iémen, perto dos EAU.

Numa carta enviada a 10 deste mês ao Conselho de Segurança da ONU, os EAU sublinharam que a tripulação do navio apreendido é composta por 11 membros, incluindo sete indianos (a Índia é atualmente membro não permanente do órgão das Nações Unidas), além de cidadãos da Etiópia, Indonésia, Birmânia e Filipinas.

 

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