O treinador do FC Porto, Vítor Pereira, afirmou hoje que o único momento de euforia vivido pelo plantel aconteceu nos momentos imediatos ao fim do jogo com o Benfica, "por ser uma vitória determinante para o título" de futebol.

O técnico rejeitou, desse modo, a ideia de que a reconquista do campeonato é um dado adquirido pelo conjunto que, há uma semana, recuperou a liderança da I Liga: "Temos todos a consciência - treinadores e jogadores, administração e massa associativa - que o jogo em paços de Ferreira não será fácil. É ponto assente".

"Ao avaliar a época do Paços, é unânime a opinião de que fez, com mérito, uma época brilhante. Do ponto de visita individual, tem belíssimos executantes. Coletivamente, têm um trabalho brilhante, muito graças aos seus treinadores", referiu Vítor Pereira.

O terceiro lugar no campeonato e o acesso à fase de apuramento para a Liga dos Campeões, assegurados pela turma de Paulo Fonseca, são "algo nunca conseguido no clube, daí a qualidade comprovada", sublinhou.

Vítor Pereira afirmou que as condições daquele espaço de jogo "não são normais", mas admitiu: "É importante manter a nossa identidade e nem o próprio tamanho do campo serve de justificação".

"Temos que ganhar, mas isso está-nos no sangue. É com essa mentalidade que lá vamos. Unicamente focados na vitória", frisou o treinador do FC Porto.

Questionado sobre a reviravolta na classificação e as incidências que a isso levaram, Vítor Pereira respondeu: "O importante é referir que chegamos aqui depois de um trajeto que, vinha a dizer há muito, seria disputado até ao último jogo, que exigiria o máximo de todos".

"E chegar, depois de tanto trabalho, ao último jogo a depender de nós próprios, dos nossos comportamentos, é aquilo por que sempre lutámos", disse o técnico.

Por fim, desafiado a comentar a escolha do árbitro lisboeta Hugo Miguel para o jogo da Mata Real, Vítor Pereira afirmou: "Falei e falarei sempre que me sentir prejudicado ou perceber que, num jogo, houve erros acumulados. Acredito na arbitragem portuguesa, na competência dos árbitros e na seriedade das pessoas".

"Mas nunca falei antes, na antevisão de um jogo. Se alguma vez entenderam as minhas palavras como tentativa de condicionamento da arbitragem, estão completamente enganados. Não faz parte da minha essência ter esse tipo de estratégia", concluiu.

O FC Porto desloca-se ao terreno do Paços de Ferreira, domingo (18:30), em jogo da 30.ª e última jornada da I Liga, partida que será arbitrada por Hugo Miguel, da Associação de Futebol de Lisboa.