Açores com mais de um milhão de dormidas turísticas entre janeiro e agosto

| Economia
Porto Canal com Lusa

Angra do Heroísmo, Açores, 14 out 2021 (Lusa) -- Os Açores registaram 1.103,1 mil dormidas em alojamentos turísticos, entre janeiro e agosto de 2021, quase o dobro das registadas em igual período de 2020, revelou hoje o Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).

"De janeiro a agosto de 2021, no conjunto dos estabelecimentos hoteleiros (hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos e pousadas), do turismo no espaço rural e do alojamento local da Região Autónoma dos Açores registaram-se 1.103,1 mil dormidas, valor superior em 97,4% ao registado em igual período de 2020 [558,9 mil dormidas]", lê-se no relatório da Atividade Turística, entre janeiro a agosto 2021, do SREA, divulgado hoje.

Segundo o SREA, em Portugal, "de janeiro a agosto de 2021, as dormidas apresentaram uma variação homóloga positiva de 11,8%".

Em comparação com os primeiros oito meses de 2019, período em que não tinha sido declarada a pandemia de covid-19, a região regista menos 540,8 mil dormidas.

A quebra verifica-se nos residentes do estrangeiro, que em 2021 são menos de metade dos verificados em 2019, havendo um aumento de 26,6 mil dormidas de residentes nacionais.

O número de hóspedes também cresceu entre janeiro e agosto, registando-se 352,7 mil, mais 89,7% do que em período homólogo de 2020.

Só no mês de agosto, o conjunto dos estabelecimentos hoteleiros, turismo em espaço rural e alojamento local dos Açores registaram 359,3 mil dormidas, menos 105,7 mil do que em agosto 2019, o mês que registou o valor mais elevado desde janeiro de 2019, com 465 mil dormidas.

Entre as diferentes tipologias, foi o turismo em espaço rural que registou um crescimento mais acentuado, em comparação com 2020.

"De janeiro a agosto de 2021, o turismo no espaço rural registou 32,6 mil dormidas, representando um acréscimo homólogo de 190,1%", revela o SREA.

Os residentes em Portugal atingiram cerca de 17,2 mil dormidas (mais 165,6%) e os residentes no estrangeiro 15,5 mil dormidas (mais 223,0%).

Quanto ao alojamento local, "registou 391,5 mil dormidas, representando um acréscimo homólogo de 99,8%", no mesmo período.

Nesta tipologia, registaram-se 213,6 mil dormidas de residentes em Portugal (mais 103,6%) e 177,9 mil dormidas de residentes no estrangeiro (mais 95,4%).

A ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, concentrou mais de metade das dormidas em alojamento local (233,2 mil dormidas, equivalentes a 59,6%).

A ilha Terceira contabilizou 45,2 mil dormidas (11,5%), o Pico 41,6 mil dormidas (10,6%) e o Faial 32,2 mil dormidas (8,2%).

As dormidas em estabelecimentos hoteleiros representam mais de metade das dormidas em alojamentos turísticos nos Açores, entre janeiro e agosto de 2021, mas foram as que verificaram um menor crescimento em comparação com o ano anterior.

"Registaram-se 678,9 mil dormidas, valor superior em 93,0% ao registado em igual período de 2020", adianta o SREA, acrescentando que em Portugal "apresentaram uma variação homóloga positiva de 9,0%".

As dormidas de residentes em Portugal (472,5 mil) cresceram 99,6% e as de residentes no estrangeiro (206,4 mil) 79,6%.

As chamadas ilhas do Triângulo foram as que registaram maiores crescimentos nas dormidas em estabelecimentos hoteleiros, nos primeiros oito meses de 2021, em comparação com o ano anterior, com um aumento de 240,8% no Faial, 129% no Pico e 122,9% em São Jorge.

No entanto, "todas as ilhas apresentaram variações homólogas positivas", com os valores mais baixos a serem registados em São Miguel (91,7%), Terceira (56,6) e Santa Maria (49,3%).

"A ilha de São Miguel, com 428,2 mil dormidas, concentrou 63,1% do total das dormidas, seguindo-se a Terceira com 107,6 mil dormidas (15,9%), o Faial com 55,0 mil dormidas (8,1%) e o Pico com 35,4 mil dormidas (5,2%)", acrescenta o SREA.

O rendimento médio por quarto utilizado, em agosto, em estabelecimentos hoteleiros, foi de 100,7 euros.

Entre janeiro e agosto de 2021, os proveitos totais "registaram uma variação positiva de 135,5%" e os proveitos de aposento "uma variação positiva de 145,8%", em comparação com igual período de 2020.

CYB // ACG

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