Contribuição que irá substituir CES exclui pensões de privados

| Política
Porto Canal

O ministro da Solidariedade esclareceu hoje que a medida que a partir de 2015 vai substituir a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) dos pensionistas não se aplica aos privados "porque o problema da sustentabilidade é nos sistemas públicos".

"O problema da sustentabilidade é nos sistemas públicos. Os que estão fora desses sistemas têm outras medidas, nomeadamente do ponto de vista fiscal, para contribuir para o Estado", justificou Pedro Mota Soares, em declarações aos jornalistas no Porto, à margem de um congresso.

O ministro alertou ainda que a nova Contribuição de Sustentabilidade aprovada em Conselho de Ministros para, a partir de 2015, substituir de forma permanente a atual CES, "só se aplica a pensões a partir de mil euros, o que quer dizer que 95% dos pensionistas da segurança social estão excluídos desta medida".

Pedro Mota Soares assegurou que nunca foi equacionada a possibilidade de a medida que viesse a substituir a CES fosse alargada aos fundos privados de pensões.

"O que dissemos há um mês e meio foi exatamente o que apresentámos ontem [quinta-feira, em Conselho de Ministros]. Falamos sempre dos sistemas públicos. O problema de sustentabilidade que temos é nos sistemas públicos, é normal, por isso, que as medidas sejam tomadas no setor publico", vincou.

O ministro justificou ainda que, com a nova Contribuição de Sustentabilidade, o Governo teve "o cuidado de garantir que todos os pensionistas sujeitos a CES ficassem melhor".

"As pessoas não vão ficar iguais nem piores, vão ficar, todas elas, melhores. Antigamente a taxa ia de 3,5% a 10%. O Governo suavizou a taxa, que vai agora dos 2 até um máximo de 3,5%", esclareceu.

Mota Soares acrescentou que "nas pensões muito elevadas, acima dos 4.500 euros, o Governo mantem a aplicação de uma contribuição adicional, de 15% e 40%".

"Obviamente estas medidas dirigem-se aos pensionistas dos sistemas públicos", frisou.

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