Estreia da IL e Chega em campanha autárquica com mira apontada ao Governo

| Política
Porto Canal com Lusa

Redação, 23 set 2021 (Lusa) -- Os líderes da Iniciativa Liberal (IL) e do Chega estrearam-se em campanha autárquica em iniciativas como "arruadas" e comícios, elegendo o Governo e o PS como alvo preferencial das críticas.

A concorrer pela primeira vez numas eleições autárquicas, os dois partidos que há dois anos elegeram os primeiros deputados para a Assembleia da República fizeram a sua estreia com candidaturas próprias: os liberais em 43 municípios, além de outros sete em coligação, e o Chega, mais ambicioso, em 220.

A campanha do líder liberal, João Cotrim Figueiredo, arrancou em Vila Nova de Gaia, mas à distância e, à moda dos últimos dois anos de pandemia, por videoconferência. Foi aí que a Iniciativa Liberal se apresentou às eleições autárquicas como "a alternativa ao poder socialista".

O tom do seu discurso de campanha também estava definido e onde quer que parasse à medida que ia subindo o país, de Lisboa a Matosinhos, trazia na bagagem as críticas ao Governo e ao PS.

Fosse pela gestão da pandemia da covid-19 e o desconfinamento tardio, a participação de ministros em campanha às autárquicas, ou o uso da 'bazuca' europeia nos discursos do secretário-geral do PS, António Costa, não faltaram motivos ao presidente da IL.

A participar pela primeira vez numas autárquicas, Cotrim de Figueiredo procurou passar a mensagem de que um 'voto útil' é a escolha pelo liberalismo e defendeu que são os seus candidatos quem fará a melhor oposição.

Já o presidente do Chega, que se apresenta também à corrida para a Assembleia Municipal de Moura, tem expectativas mais altas e, para André Ventura, o objetivo é que, no domingo, o partido seja a terceira força política.

O líder do Chega centrou muitas vezes a sua campanha no atual executivo e questões como o Programa de Recuperação e Resiliência e os ministros em campanha também motivaram críticas da extrema-direita, bem como as declarações recentes de António Costa sobre o encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos.

No entanto, André Ventura não disparou as suas balas só em direção aos socialistas e, ao longo da semana, o PSD também foi criticado em mais do que uma ocasião, com a acusação de que os sociais-democratas estão iguais ao PS e a recusa, por isso, de acordos "com este PSD".

Desde o início do período de campanha oficial, que termina na sexta-feira, os presidentes da Iniciativa Liberal e do Chega já passaram por várias zonas do país, com Cotrim de Figueiredo a  concentrar as suas iniciativas sobretudo nos distritos de Lisboa e do Porto.

André Ventura, que não saiu do modelo habitual das arruadas e comícios, dividiu o seu tempo entre o norte, por um lado, e o Algarve e Alentejo por outro, onde esteve nos últimos quatro dias.

As eleições autárquicas decorrem em 26 de setembro e o período de campanha oficial prolonga-se até dia 24, antevéspera do dia eleitoral, segundo o calendário divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

 

MYCA // SF

Lusa/Fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.