Ministra da Saúde diz que medidas de confinamento são "adaptadas à atual situação"

| Política
Porto Canal com Lusa

Carnaxide, Oeiras, 16 jul 2021 (Lusa) -- A ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu as medidas de combate à pandemia de covid-19 e reiterou que as restrições em vigor estão "adaptadas à atual situação", face às críticas de duas dezenas de especialistas numa carta aberta.

Em declarações aos jornalistas numa visita ao centro de vacinação de Carnaxide, a governante, que contou com a companhia do coordenador da 'task force' responsável pela logística das vacinas, o vice-almirante Gouveia e Melo, e do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, realçou a aposta "na vacinação como arma de combate" e vincou que "se não fosse a vacinação, o risco de transmissão e a incidência estariam muito superiores".

Paralelamente, lembrou a necessidade de manter as medidas não farmacológicas, nomeadamente a utilização de máscara, o distanciamento físico e a higienização das mãos.

"Neste momento nós temos já um conjunto de medidas de confinamento que são adaptadas à nossa atual situação", afirmou Marta Temido, que revelou a sua leitura pessoal das críticas feitas pelos especialistas: "Leio esta carta como um apelo a todos nós para mantermos as medidas que neste momento estamos a praticar".

E continuou: "Precisamos de ler esta carta naquilo que ela na realidade nos transmitiu, o que ela nos diz e que nesta fase, apesar de estarmos a ver o número de casos ainda com uma incidência persistente, talvez possamos conseguir controlar os números".

Marta Temido notou a maior disponibilidade de vacinas no espaço do último mês que permitiu acelerar a campanha de vacinação e que levou o país a atingir esta semana os 10 milhões de doses inoculadas. Nesse sentido, agradeceu a adesão "em força" da população à vacinação - que se traduziu nos últimos dias em "mais de 120.000 inoculações" diárias - e aos profissionais pela "força de trabalho incansável" neste processo.

Já em relação ao novo indicador de avaliação do estado da pandemia, apresentado pela Ordem dos Médicos na quarta-feira, a ministra assegurou ter recebido a nova matriz proposta pelo bastonário Miguel Guimarães e disse que "todos os indicadores que são referidos por peritos estão neste momento a ser considerados", não descartando eventuais alterações ao quadro de análise do Governo após a reunião no Infarmed no próximo dia 27.

"Numa fase inicial, os peritos referiram que os dois indicadores de risco de transmissibilidade efetivo (Rt) e incidência cumulativa eram aqueles que nos davam uma leitura mais rápida e concreta da realidade", referiu, resumindo: "Os outros indicadores são complementares. A matriz de alguma forma já reflete aquilo que são os outros indicadores".

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.194 pessoas e foram registados 922.747 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

JYGO/HN // HB

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Montenegro tem "comportamentos rurais" e Costa é "lento por ser oriental", aponta Marcelo 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem "comportamentos rurais" e que o seu antecessor, António Costa, é "lento por ser oriental". As declarações foram proferidas, na noite desta terça-feira, durante um jantar com jornalistas estrangeiros. 

Marcelo defende que não fez apreciações ofensivas e que Montenegro "vai surpreender"

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira as afirmações que lhe foram atribuídas num jantar com jornalistas estrangeiros na terça-feira, considerou que não fez apreciações ofensivas e que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "vai surpreender".

Chega, BE e PCP contra direção executiva do SNS. PS e Livre querem explicações

Chega, BE e PCP manifestaram-se esta quarta-feira contra a existência da direção executiva do SNS, com a IL a defender que não deve ser extinta, enquanto PS e Livre pediram mais explicações ao Governo.