Fernando Medina considera "delírio desesperado" pedido de demissão de Carlos Moedas

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 10 jun 2021 (Lusa) -- O presidente da Câmara Municipal de Lisboa considerou hoje "um aproveitamento político muito simplório" e um "delírio desesperado" o pedido de demissão feito pelo candidato do PSD à autarquia, Carlos Moedas.

Na sexta-feira, o candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse que o presidente Fernando Medina terá de se demitir, caso se confirme que a autarquia enviou para a Rússia dados de três pessoas que participaram numa manifestação anti-Kremlin.

Numa conferência de imprensa para explicar o envio para a embaixada da Rússia de dados pessoais de três ativistas russos, Fernando Medina afirmou que viu este pedido de demissão como "uma tentativa de aproveitamento político absolutamente evidente".

"Um aproveitamento político que mostra bem mais o desespero em que se encontra possivelmente a candidatura de Carlos Moedas do que qual tentativa que alguém acredite que há por parte do município algum conluiou com o regime de Vladimir Putin. Essa expressão só pode resultar de algum delírio desesperado que motiva uma expressão dessa natureza", precisou o autarca.

Para Medina, as declarações de Carlos Moedas soam "a um aproveitamento politico muito simplório e muito evidente" que mostra "mais o desespero do que qualquer preocupação genuína com aquilo que aconteceu".

A Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.

"Tudo isto não devia ter acontecido, lamento que tenha acontecido, tomamos as medidas para que isto não se repita e não volte a suceder, mas também quero ser muito claro não aceito lições de democracia de qualquer candidato em dificuldades à câmara de Lisboa", frisou.

Na conferência de imprensa, Fernando Medina disse que pediu "desculpas públicas" pela partilha de dados de ativistas russos em Portugal com as autoridades russas, assumindo que foi "um erro lamentável que não podia ter acontecido".

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